A Justiça do Rio de Janeiro tomou uma decisão crucial nesta terça-feira, 21 de outubro, ao absolver os sete acusados pelo incêndio no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo. O trágico evento, ocorrido em 2019, resultou na perda de dez jovens atletas das categorias de base do clube, com idades entre 14 e 16 anos. Os réus enfrentavam acusações de incêndio culposo e lesão corporal. A decisão foi assinada pelo juiz Tiago Fernandes de Barros, da 36ª Vara Criminal da Comarca da Capital. O incidente, que ocorreu em 8 de fevereiro de 2019, devastou a comunidade esportiva. O fogo, que começou em um aparelho de ar condicionado, se espalhou rapidamente devido ao material dos contêineres onde os jovens atletas estavam alojados. Além das dez mortes, o incêndio deixou outros três jovens feridos. Inicialmente, 11 pessoas foram acusadas, mas quatro já haviam sido absolvidas em decisões anteriores. A decisão judicial isenta de culpa Antonio Marcio Mongelli Garotti e Marcelo Maia, que ocupavam cargos de gestão no centro de treinamento, Claudia Pereira Rodrigues, Danilo da Silva Duarte, Fabio Hilario da Silva e Weslley Gimenes, responsáveis pelos contêineres, e Edson Colman da Silva, encarregado da manutenção dos aparelhos de ar-condicionado. A absolvição encerra uma etapa importante do caso, mas a memória das vítimas e a busca por justiça continuam.