Absolvidos! Justiça choca e livra réus do caso Ninho do Urubu, após tragédia com 10 jovens atletas

A Justiça do Rio de Janeiro absolveu todos os réus do caso do incêndio no Ninho do Urubu, onde dez jovens atletas do Flamengo perderam suas vidas em 2019. A decisão, proferida na 36ª Vara Criminal da Comarca da Capital, foi assinada pelo juiz Tiago Fernandes de Barros. O trágico incêndio, que ocorreu em um contêiner utilizado como alojamento provisório, teria sido causado por um curto-circuito em um ar-condicionado, que ficava ligado 24 horas por dia. A investigação apontou que o fogo se alastrou rapidamente devido ao material inflamável do contêiner. Na época, o Ninho do Urubu não possuía alvará de funcionamento, o que levantou diversas questões sobre as condições de segurança do local. Entre os réus estavam o ex-presidente do clube, Eduardo Carvalho Bandeira de Mello, outros diretores e representantes de empresas prestadoras de serviços. Sete dos acusados foram absolvidos pelo juiz Tiago Fernandes, e outros quatro já haviam sido liberados anteriormente. A fundamentação da absolvição se baseou na ausência de demonstração de culpa penalmente relevante e na impossibilidade de estabelecer um nexo causal seguro entre as ações individuais e o início do incêndio. O juiz alegou que a perícia foi inconclusiva e que não havia provas suficientes para a condenação. Além disso, destacou que nenhum dos acusados tinha responsabilidade direta sobre a manutenção elétrica dos módulos, e que a denúncia do Ministério Público foi genérica, sem individualizar