A recente aprovação do substitutivo de Guilherme Derrite (PP-SP) para o Projeto de Lei Antifacção na Câmara dos Deputados gerou forte reação entre os governistas. A versão, que recebeu 370 votos favoráveis, é vista como um obstáculo ao trabalho da Polícia Federal, segundo parlamentares da base aliada. A matéria agora segue para análise no Senado. Deputados como Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Glauber Braga (PSOL-RJ) criticaram as mudanças propostas por Derrite, apontando que o texto pode dificultar investigações e até mesmo reduzir recursos da PF. O líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), acusou o relator de falta de diálogo com o governo e de agir para prejudicar as investigações da Receita Federal. Maria do Rosário (PT-RS) lamentou que o texto descaracterize o combate ao crime organizado, enquanto o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), afirmou que a versão de Derrite causa mais confusão no sistema penal. Guimarães destacou que o governo foi o responsável por apresentar os principais projetos na área de segurança pública, incluindo o PL Antifacção, e criticou a retirada de trechos considerados essenciais para a caracterização do crime organizado. O governo reafirmou seu compromisso em punir criminosos, com o objetivo de combater a impunidade.