A votação do Projeto de Lei Antifacção (PL) revelou um cenário de tensões e negociações no Congresso. O governo, que tentou adiar a votação, sofreu derrotas em requerimentos importantes, demonstrando dificuldades em manter a coesão da base aliada. A oposição aos requerimentos de retirada de pauta foi expressiva, com 316 votos contrários e 110 favoráveis, e a tentativa de adiamento da discussão também fracassou, com 114 votos favoráveis e 335 contrários. Diante da necessidade de disputar o tema da segurança pública, o governo buscou ajustar o texto. O líder do governo, José Guimarães, e integrantes do Ministério da Justiça dialogaram para corrigir o projeto, buscando pontos cruciais para o Planalto. Paralelamente, Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, adotou uma postura mais incisiva, chegando a pedir a troca de um ministro. A votação mostrou divergências entre os partidos. Dois deputados do PL votaram contra a proposta, enquanto partidos da base governista apresentaram votos favoráveis. O PSB teve sete deputados a favor, e o MDB, 37. Tabata Amaral, do PSB, foi uma das parlamentares que votou a favor. O PDT, que se declarou independente, também teve votos favoráveis, com exceção da deputada Duda Salabert.