Maduro em Desespero: CIA Autorizada por Trump e Venezuela à Beira do Conflito?

Maduro reage furiosamente à notícia de operações da CIA na Venezuela, prometendo ação judicial internacional e acusando os EUA de 'golpe de Estado'.

O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, e membros de seu governo manifestaram profunda preocupação na quarta-feira, 15 de novembro, após a divulgação de que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou a Agência Central de Inteligência (CIA) a conduzir operações na Venezuela. O regime chavista prometeu levar o assunto aos tribunais internacionais. Tudo começou com uma reportagem do The New York Times que revelou a autorização de Trump, permitindo à CIA realizar operações "letais" na Venezuela e outras ações no Caribe. Em uma coletiva de imprensa, Trump confirmou a autorização, justificando-a por dois motivos: a Venezuela, segundo ele, estaria esvaziando suas prisões nos EUA, enviando migrantes, e também pelo tráfico de drogas. Maduro, em declarações na emissora estatal VTV, repudiou as ações, questionando até quando a América Latina suportaria "golpes de Estado da CIA". O líder chavista fez um apelo para que a verdade sobre a Venezuela fosse divulgada na sociedade americana, conclamando a população a se opor à guerra no Caribe e na América do Sul. O presidente do Parlamento venezuelano, Jorge Rodríguez, anunciou que o Conselho Nacional para a Soberania e a Paz promoverá a responsabilização penal dos Estados Unidos por suas "ameaças e agressões", encaminhando a petição ao Ministério Público venezuelano e a órgãos judiciais internacionais. O conselho também organizará um congresso internacional de juristas e acadêmicos

no país, com o objetivo de denunciar a violação do direito internacional e dos direitos humanos. O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela informou que denunciará as operações da CIA ao Conselho de Segurança da ONU, acusando os EUA de violar o direito internacional e a Carta das Nações Unidas. Maduro, desde que Trump iniciou uma operação militar no Mar do Caribe, tem alternado entre desafiar Washington e buscar diálogo. No começo de setembro, enviou uma carta a Trump com uma proposta de diálogo e ofereceu "ajuda" na captura de criminosos. Na semana anterior, Rodríguez revelou um suposto plano de operação de falsa bandeira na embaixada americana em Caracas. Em uma reportagem, o The New York Times informou que Maduro teria oferecido abrir projetos de petróleo e ouro para empresas americanas, conceder contratos preferenciais e direcionar o fluxo de exportações de petróleo para os EUA. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou o recebimento da carta de Maduro, mas ressaltou que a postura dos EUA em relação ao regime chavista não mudou. Trump também ordenou o fim das negociações com o regime de Maduro. A ditadura chavista, por sua vez, tem intensificado as mobilizações militares, ativando o Plano Independência 200 e reforçando a defesa nas fronteiras com a Colômbia.

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