Choque! Homem Desenvolve Metástase Após Transplante de Fígado com Câncer em SP

de alterações hepáticas e foi submetido a uma ressonância magnética, que identificou seis nódulos no fígado transplantado. Após biópsia, foi constatado que se tratava de adenocarcinoma, um tipo de câncer comum em adultos. Um exame de DNA, realizado em março de 2024, comparou o material genético do paciente com a biópsia dos nódulos cancerígenos, apontando que o tumor teve origem no órgão transplantado. A médica especialista em medicina legal e perícia, Caroline Ditaix, analisou os exames e afirmou que o resultado é uma prova definitiva da origem do câncer. O laudo hospitalar evidencia que as células cancerosas do fígado possuem cromossomos sexuais femininos (XX), enquanto Geraldo, homem cis, possui cromossomos masculinos (XY). Em maio de 2024, Geraldo Junior passou por um retransplante de fígado. No início de agosto de 2024, foi detectada metástase no pulmão do paciente. A conclusão diagnóstica indicou um adenocarcinoma invasivo com as mesmas características das células cancerígenas do fígado transplantado. Caroline explicou que isso sugere que a doadora já tinha câncer que não foi detectado antes da doação. Estudos internacionais indicam que casos de transmissão de câncer em doação de órgão são extremamente raros, com incidência inferior a 0,03%. A médica ressaltou que é um risco inerente ao transplante, que deve ser balanceado contra o risco de morte na lista de espera. O oncologista Paulo Hoff reforçou a excepcionalidade do caso, mas destacou que fatalidades como essa podem ocorrer. O Ministério da Saúde afirmou que, antes da doação, não foram identificados indícios de problemas de saúde nos exames realizados no doador. O ministério determinou o acompanhamento da saúde do paciente e está monitorando o caso. A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo (SES-SP) afirmou que os transplantes de órgãos e tecidos seguem protocolos rigorosos. O Hospital Albert Einstein afirmou que não participou da análise do doador, atuando apenas no acompanhamento do paciente. O Decreto nº 9.175/2017 determina que toda doação de órgãos no Brasil deve ser gratuita e anônima. Márcia Helena Vaz afirmou ter sido informada que a doadora era uma mulher que morreu vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Exames complementares mostraram que Junior está em metástase sem previsão de cura. Ele deve passar por quimioterapia, o que Márcia considera uma sentença. Junior não pode mais trabalhar. Márcia finalizou dizendo que é preciso descobrir onde ocorreu o erro e quem o cometeu, para que mudanças urgentes sejam feitas no processo.