Guerra no Rio: Vídeos Chocantes Revelam o Inferno da Megaoperação na Penha e Alemão

operaram na Vila Cruzeiro. O Bope montou a linha de contenção na Serra da Misericórdia. O coronel Menezes afirmou que o objetivo era proteger a população, concentrando os confrontos na área de mata. A megaoperação resultou na morte de quatro agentes de segurança: dois da Polícia Civil e dois do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar. Entre os policiais mortos, estão o 3º sargento Heber Carvalho da Fonseca, de 39 anos, com 14 anos na corporação, que deixou mulher, dois filhos e um enteado. O sargento Cleiton Serafim Gonçalves, 42, que ingressou na PM em 2008, foi atingido no abdômen e deixou mulher e uma filha. Os policiais civis mortos foram identificados como Rodrigo Velloso Cabral, 35, lotado na 39ª DP (Pavuna), que estava na instituição há dois meses, deixando mulher e uma filha de 6 anos. Marcos Vinícius Cardoso de Carvalho, da 53ª DP (Mesquita), conhecido como Máskara, foi atingido no pescoço. O delegado assistente da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Bernardo Leal Anne Dias, teve uma perna amputada após ser baleado. Ele foi atendido no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, e depois transferido para o Hospital Samaritano. Outros três policiais civis ficaram gravemente feridos. Além disso, nove policiais militares também foram atingidos. No dia seguinte à operação, moradores retiraram 63 corpos de uma área de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia. Os corpos foram levados à Praça São Lucas, no Complexo da Penha, antes de serem encaminhados ao IML. O Governo do Estado divulgou o perfil oficial de 115 dos 117 suspeitos mortos. A lista revela que mais de 95% tinham ligações com o Comando Vermelho e 54% eram de fora do estado. 59 tinham mandados de prisão pendentes, 97 tinham histórico criminal relevante, e 12 dos que não tinham histórico apresentavam indícios de participação no tráfico nas redes sociais. A lista mostra que 62 mortos eram de outros estados, incluindo Pará, Amazonas, Bahia, Ceará, Paraíba, Maranhão, Goiás, Mato Grosso, Espírito Santo, São Paulo e Distrito Federal. O relatório indica a presença de chefes de organizações criminosas de 11 estados e de quatro das cinco regiões do país no Rio de Janeiro.