Urgente! Ex-primeira dama peruana pede ao STF para barrar extradição e prisão; entenda o caso

Nadine Heredia, refugiada no Brasil, busca impedir extradição e cumprimento da pena. Entenda os detalhes da polêmica envolvendo a ex-primeira dama do Peru e a Odebrecht.

Nadine Heredia, ex-primeira dama do Peru, refugiada no Brasil, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que impeça a extradição, a transferência de sua execução penal para o Brasil ou qualquer mandado de prisão internacional ou restrição de liberdade contra ela. Heredia recebeu asilo do Brasil e chegou a Brasília em abril em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), após obter um salvo-conduto do governo peruano para se refugiar em território brasileiro. A ex-primeira dama peruana também pediu que o STF anule o uso de provas obtidas através do sistema de propina da Odebrecht e depoimentos de ex-diretores na Justiça do Peru, relacionados a investigações sobre a Operação Lava Jato. Heredia se refugiou na embaixada brasileira em Lima antes de ser sentenciada a 15 anos de prisão, e posteriormente veio ao Brasil em um avião da FAB. Esposa de Ollanta Humala, que governou o Peru entre 2011 e 2016, Heredia foi condenada a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro da construtora brasileira Odebrecht (atualmente Novonor) e pelo governo do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez. Contudo, diferentemente de Humala, a ex-primeira dama não foi presa após a condenação, refugiando-se na Embaixada do Brasil em Lima. De lá, recebeu o salvo-conduto de seu governo e asilo de Brasília. De acordo com um dos advogados de Humala no Brasil, Marco Aurélio de Carvalho, Heredia tem câncer e já havia solicitado permissão para vir ao Brasil para tratamento, mas o pedido

foi negado. O julgamento de Heredia durou três anos, entre investigação e sentença final, e ela não compareceu à leitura da sentença. Após uma operação de busca e apreensão em sua casa, a polícia constatou que ela estava na Embaixada do Brasil. Seus advogados afirmaram que, buscando tratamento médico, Heredia optou por buscar refúgio no governo brasileiro. Além dela, o Brasil concedeu asilo diplomático a seu filho mais novo. O governo peruano concedeu o salvo-conduto alegando doença e prometeu garantir a transferência dos dois para o Brasil. Humala, ex-presidente e militar aposentado, foi levado para cumprir pena em uma base policial construída especialmente para ex-líderes peruanos presos. Nadine foi acusada de atuar em atividades ilícitas do Partido Nacionalista Peruano, que ajudou a fundar ao lado do marido, chegando a ser vice-presidente da sigla. Durante o mandato de Humala, ela também teria participado da arrecadação ilícita de fundos e esquemas de lavagem de dinheiro. Ela nega as acusações. O irmão de Nadine, Ilán Heredia, também foi condenado a 12 anos de prisão no mesmo processo. Os promotores alegaram que Humala recebeu fundos ilícitos em sua campanha de 2011 contra Keiko Fujimori, filha de outro ex-presidente, por meio do Partido Nacionalista de Humala. A prisão de Humala entrou em vigor imediatamente, mesmo que ele recorra da condenação. O advogado de Humala, Wilfredo Pedraza, classificou a sentença como "excessiva", afirmando que os promotores não conseguiram provar a origem ilegal dos fundos e que a defesa planeja recorrer da decisão final em 29 de abril.

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