Pela primeira vez em seis anos, Pernambuco registrou uma diminuição nas mortes decorrentes de intervenção policial, conforme divulgado pela Rede de Observatórios de Segurança. O relatório "Pele Alvo: crônicas de dor e luta", referente a 2024, aponta que, apesar da redução, pessoas negras continuam sendo os principais alvos, representando 92,6% das vítimas. Jovens também são severamente afetados, com 63,2% das vítimas tendo até 29 anos.
A pesquisa, realizada em nove estados (Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo), contabilizou 4.069 mortes por intervenção policial. A Bahia apresentou o pior cenário, com 1.556 casos.
Edna Jatobá, coordenadora da Rede de Observatório da Segurança em Pernambuco, sugere que a redução no estado pode estar ligada à punição de agentes em casos emblemáticos. Um exemplo é a chacina de Camaragibe, em 2023, onde policiais foram responsabilizados pela morte de seis pessoas. Outro caso citado foi o júri de dois PMs envolvidos no assassinato de Marcos Laurindo da Silva, em 2013.
A predominância de pessoas pretas e pardas entre os mortos não é novidade em Pernambuco. Os números demonstram: em 2024, 68 casos, com 92,6% das vítimas negras; em 2023, 117 casos (95,7% negros); em 2022, 91 casos (89,6% negros); em 2021, 105 casos (96,2% negros); em 2020, 113 casos (97,3% negros) e em 2019, 74 casos (93,2% negros). Jatobá aponta um sistema racista estrutural na atuação das forças
Choque em Pernambuco: Negros São 92,6% das Vítimas Fatais em Ações Policiais
Relatório revela números alarmantes sobre a violência policial em Pernambuco, com foco em vítimas negras e jovens, apesar da queda geral nas mortes.
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