Mais de sete milhões de brasileiros foram vítimas de golpes no último ano, conforme uma pesquisa. Adicionalmente, outros sete milhões de adultos afirmaram conhecer alguém que foi enganado, segundo dados do Citizens Advice. Uma em cada cinco vítimas relatou que ter caído em um golpe causou perdas financeiras com 'impacto significativo'. Cerca de 12% entraram em dívidas ou precisaram pedir dinheiro emprestado como resultado de um golpe, enquanto 10% tiveram que usar suas economias de emergência devido aos prejuízos. A inteligência artificial torna os golpes cada vez mais difíceis de detectar, permitindo que os golpistas visem vítimas em larga escala. O número de golpes diferentes também está aumentando. Mais de um quarto das vítimas, cerca de 26%, foram enganadas por golpes de compras online, como sites falsos que vendem produtos inexistentes ou falsificados. O Citizens Advice informou que algumas dessas vítimas gastaram centenas de reais em produtos como roupas, celulares e móveis, mas receberam itens falsificados. Antes do Natal e de grandes eventos de compras como a Black Friday e as promoções de Saldos, o Citizens Advice alertou que esses golpes provavelmente se tornarão ainda mais frequentes. Dame Claire Moriarty, diretora executiva do Citizens Advice, disse: 'Com o aumento do custo de vida, muitos de nós estamos procurando maneiras de comprar de forma inteligente ou aumentar as economias. Mas golpistas oportunistas estão se aproveitando dos momentos
difíceis para enganar as pessoas e fazê-las entregar seu dinheiro, e suas táticas estão se tornando mais difíceis de detectar.' Ela acrescentou: 'Qualquer pessoa pode ser enganada, e o impacto pode ser devastador - deixando as pessoas não apenas sem dinheiro, mas em alguns casos incapazes de realizar suas atividades diárias. É importante estar alerta - se você não tiver certeza sobre algo, procure aconselhamento. Se você acha que alguém pode estar tentando enganá-lo, aja imediatamente.' Golpes de investimento foram a segunda maior causa de vítimas, com 18% tendo caído neles. Frequentemente, esses golpes prometem retornos incrivelmente altos em curtos períodos, com golpistas contatando as vítimas e persuadindo-as a investir em esquemas que não têm valor ou não existem. Uma investigação anterior revelou que centenas de vítimas caíram em golpes do tipo 'pump and dump', onde fraudadores inflacionam o preço de uma ação listada antes de vender suas participações e embolsar o lucro. Outros golpes financeiros representaram mais 18% dos casos, com golpistas lesando vítimas desavisadas ao se passarem por bancos e oferecerem empréstimos falsos. Cerca de 17% das vítimas informaram ter entregado informações financeiras, como dados de suas contas bancárias, aos golpistas, enquanto 13% admitiram ter divulgado detalhes de segurança, como senhas e códigos PIN. Uma vítima, Mary, de 84 anos, cujo nome foi alterado, pagou cerca de R$ 40.000 em dinheiro a golpistas que afirmavam ser do departamento de fraudes de seu banco. Mary foi forçada a usar suas economias de vida, fundos de pensão e pedir dinheiro emprestado a um amigo para pagar um empréstimo de cinco anos de R$ 30.000 que foi manipulada a contratar. Ela disse: 'Os golpistas disseram que minha identidade havia sido roubada por funcionários internos do banco e que o problema precisava ser tratado em absoluto sigilo. Foi pressão desde o começo. Eles não te dão tempo para pensar. Eles me pegaram no momento mais vulnerável que tive em muito tempo. Eu pensei que estava fazendo um favor ao meu banco, tentando desvendar uma toupeira em sua equipe. Sempre havia a promessa de que eu receberia o dinheiro de volta, mas as ligações começaram a diminuir e, claro, o dinheiro nunca chegou.' Mary foi reembolsada em apenas R$ 7.000 pelo seu banco. Cerca de 16% caíram em golpes de pessoas que se passavam por amigos ou familiares necessitados de ajuda - frequentemente alegando que precisavam pagar uma conta, mas não tinham acesso ao seu banco. Estes são tipificados por golpes do tipo 'Oi mãe' que se aproveitam da preocupação dos pais com seus filhos. Cerca de 14% foram enganados a contratar novos contratos de telefonia móvel ou pagar por novos telefones celulares, por golpistas que se passavam por suas operadoras de telefonia móvel. John Herriman, diretor executivo do Chartered Trading Standards Institute, disse: 'Com muita frequência, as pessoas sentem culpa, constrangimento ou até vergonha, o que as impede de relatar o que aconteceu. Mas a realidade é que qualquer pessoa pode ser vítima de um golpe, e a verdadeira escala nunca será conhecida até que mais pessoas se manifestem. Cada denúncia ajuda as equipes de fiscalização a identificar padrões e proteger outras pessoas.'
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Esta matéria foi adaptada e reescrita pela equipe editorial do TudoAquiUSA
com base em reportagem publicada em
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