Urgente! Jornalistas Sofrem Ameaças 'Online': ONU Revela Números Chocantes

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou dados alarmantes sobre a violência digital, revelando que uma em cada quatro jornalistas no mundo enfrenta ameaças online, incluindo ameaças de morte. Sarah Hendriks, diretora da divisão de Políticas da ONU Mulheres, alertou em Nova Iorque, durante uma conferência de imprensa sobre o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, que a legislação atual não está acompanhando o ritmo da violência contra mulheres, especialmente no ambiente digital. Hendriks enfatizou que a violência digital não é separada da violência real, mas sim uma forma acelerada e amplificada da mesma. Ela mencionou casos de mulheres sendo assediadas online antes de ataques offline, imagens obtidas sob coação com consequências letais e o assassinato de mulheres e meninas. Além disso, Hendriks destacou que entre um quarto e um terço das parlamentares enfrentam abusos tão graves que as silenciam e excluem das plataformas digitais, levando-as a abandonar a vida política. A inteligência artificial também foi apontada como um fator que está acelerando esses danos. A ONU revelou que 1,78 bilhão de mulheres e meninas em todo o mundo não possuem proteção legal contra assédio ou perseguição online. Hendriks também alertou sobre a rápida evolução das 'deepfakes' e o assédio direcionado. Durante a conferência, Hendriks foi questionada sobre a recente declaração do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que

se referiu a uma jornalista como “porquinha”. A representante da ONU ressaltou que essa retórica pode reforçar a percepção de que as mulheres são menos valorizadas. Ela afirmou que qualquer forma de linguagem depreciativa contra mulheres é inaceitável e que nenhuma mulher está a salvo de assédio. Hendriks argumentou que essa situação reflete a realidade que as mulheres enfrentam em diversas situações, e que essa violência precisa ser combatida. Um relatório recente das Nações Unidas revelou que cerca de 50 mil mulheres e meninas foram mortas por parceiros ou familiares em 2024, o que equivale a uma morte a cada 10 minutos em todo o mundo. Os dados do Gabinete da ONU para a Droga e o Crime (UNODC) indicam 137 femicídios por dia, mantendo o ritmo dos anos anteriores. Do total de 83 mil assassinatos de mulheres e meninas no ano passado, 60% foram cometidos por parceiros ou familiares, enquanto apenas 11% dos homicídios de homens foram realizados por parceiras ou familiares. O diretor-executivo interino do UNODC, John Brandolino, observou que a casa continua sendo um local perigoso para muitas mulheres e meninas em todo o mundo. O relatório da ONU estima que a maior taxa de femicídio por parceiro íntimo/membro familiar ocorreu na África (três em cada 100 mil mulheres), seguida pelas Américas (1,5), Oceânia (1,4), Ásia (0,7) e Europa (0,5).

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