A Ucrânia enfrenta uma crise política em meio à guerra com a Rússia, abalada por um escândalo de corrupção que resultou na demissão de dois ministros e na aplicação de sanções pelo presidente Volodymyr Zelensky a um aliado próximo. A notícia, divulgada pela agência France-Presse (AFP), revela desvios de fundos no setor energético, um dos maiores desafios que Zelensky tem de enfrentar desde o início da guerra em 2022. A operação, denominada "Midas", foi deflagrada na segunda-feira, quando o Gabinete Anticorrupção Ucraniano (NABU) anunciou 70 buscas para desmantelar um esquema criminoso que desviou 100 milhões de dólares (aproximadamente 86 milhões de euros) no setor de energia. Até o momento, cinco pessoas foram detidas. O NABU informou que o esquema de corrupção obrigava os subcontratados da Energoatom (empresa estatal de energia atómica) a pagar entre 10% e 15% do valor dos contratos em propinas para evitar o bloqueio de pagamentos ou perder o estatuto de fornecedor. Os responsáveis criaram uma estrutura paralela dentro da empresa, com "gestores-sombra". O dinheiro era subsequentemente lavado através de uma rede de empresas, muitas delas sediadas no exterior.
A revelação do nome do principal suspeito, Timur Mindich, um empresário próximo a Zelensky, causou surpresa. Mindich deixou a Ucrânia pouco antes do escândalo, possivelmente rumo a Israel, segundo a mídia ucraniana. Mindich, de 46 anos, é coproprietário da Kvartal 95, empresa de produção
Ucrânia em Crise: Escândalo de Corrupção Abalando o Governo em Plena Guerra
Um escândalo de corrupção de grandes proporções na Ucrânia, envolvendo desvio de fundos e a demissão de ministros, coloca o governo de Zelensky sob pressão em meio à guerra com a Rússia. Saiba os detalhes desta crise.
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