Trump 'Cozinhando' o Brasil? Química Entre Lula e Trump Não Garante Fim de Tarifas de 50%

Após um mês do encontro entre Lula e Donald Trump, as negociações sobre as tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras não apresentaram avanços significativos. Apesar da boa relação entre os líderes, as conversas entre os governos patinam, com novas tratativas sendo anunciadas sem data definida. O encontro na ONU, seguido de uma conversa por teleconferência e um encontro presencial na Malásia, geraram otimismo, mas as tarifas permanecem. As delegações brasileira e americana se reuniram em Kuala Lumpur, mas o secretário Marco Rubio não compareceu, e nada concreto foi decidido. O Brasil solicitou a retirada das tarifas de 40%, mantendo apenas as tarifas recíprocas de 10%, mas não houve resposta. Uma nova reunião em Washington foi adiada. Segundo Jamieson Greer, dos EUA, o governo está analisando o formato do acordo, o que pode levar semanas ou meses. O setor produtivo reage com cautela, avaliando que a 'química' entre os presidentes é insuficiente. Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior, ressalta que as expectativas devem ser moderadas, pois não há garantias de isenções, nem mesmo para café e carne. Jackson Campos, especialista em comércio exterior, sugere que a negociação de Trump se deve à pressão de empresas brasileiras nos EUA. José Velloso, da Abimaq, argumenta que o problema não é a 'química', mas a falta de prioridade do Brasil na agenda americana, focada em China, União Europeia e Sudeste Asiático. A falta de clareza