Tribunal Penal Internacional Pede Prisão Perpétua para Líder de Milícia Sudanesa Acusado de Crimes Horrendos

Promotores do Tribunal Penal Internacional (TPI) solicitaram, na segunda-feira, que um líder de milícia sudanesa seja condenado à prisão perpétua por crimes contra a humanidade cometidos durante a guerra civil do país, há duas décadas. O tribunal considerou Ali Muhammad Ali Abd-Al-Rahman, também conhecido como Ali Kushayb, culpado de diversos crimes contra a humanidade e crimes de guerra, incluindo estupro coletivo, assassinato e tortura, na região de Darfur, no oeste do Sudão, entre 2003 e 2004. "Você literalmente tem um assassino com machado diante de si. Isso é coisa de pesadelo", disse o promotor Julian Nicholls aos juízes. "Somente uma sentença de prisão perpétua atenderá aos interesses de retribuição e dissuasão." Abd-Al-Rahman sempre negou ser um funcionário de alta patente na milícia Janjaweed, uma força paramilitar predominantemente árabe armada pelo governo sudanês para matar principalmente tribos africanas negras em Darfur, duas décadas atrás. Mas, durante sua sentença, a presidente do TPI, juíza Joanna Korner, descreveu como, em uma ocasião, Abd-Al-Rahman carregou cerca de 50 civis em caminhões, espancando alguns com machados, antes de fazê-los deitar no chão e ordenar que suas tropas atirassem neles até a morte. Korner insistiu que o miliciano esteve "pessoalmente envolvido nas agressões e, mais tarde, esteve fisicamente presente e dando ordens para a execução dos detidos". Abd-Al-Rahman, nascido por volta de 1949, insistiu que