Ondas Gigantes do Espaço: Megatempestade de 2024 Revela Fenômeno Surpreendente!

Uma megatempestade no Pacífico em 2024 gerou ondas colossais, as maiores já vistas do espaço, impactando eventos de surf e impulsionando pesquisas sobre o clima.

Uma megatempestade ocorrida no Pacífico em dezembro de 2024 provocou ondas de proporções extraordinárias, com satélites em órbita registrando ondulações sem precedentes. Essas ondas gigantes também influenciaram eventos de surf de renome, como o Eddie Aikau Big Wave Invitational, no Havaí, e as ondas recordistas de Maverick’s, na Califórnia, conforme relatado pelo SciTechDaily. A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou dados do satélite Surface Water and Ocean Topography (SWOT), mostrando que, em 21 de dezembro de 2024, as ondas atingiram uma média de 19,7 metros, com algumas ultrapassando 35 metros de altura. A ESA também revelou que essas ondas podem atuar como “mensageiras” de tempestades distantes, transmitindo energia destrutiva a litorais a milhares de quilômetros de distância. A equipe de pesquisa liderada por Fabrice Ardhuin, do Laboratório de Oceanografia Física e Espacial da França, analisou a “tempestade Eddie”, considerada a maior da última década em termos de altura média das ondas. O impacto da tempestade não se limitou ao ponto de origem, com os cientistas rastreando as ondas por cerca de 24 mil quilômetros de oceano. Elas partiram do Pacífico Norte, cruzaram a Passagem de Drake e chegaram ao Atlântico tropical entre 21 de dezembro de 2024 e 6 de janeiro de 2025. A pesquisa combinou dados do SWOT com registros históricos do projeto Sea State da Iniciativa de Mudanças Climáticas (CCI) da ESA, que inclui medições desde 1991

. Esse conjunto de dados reúne informações de múltiplos satélites, como SARAL, Jason-3, Copernicus Sentinel-3A e 3B, Copernicus Sentinel-6 Michael Freilich, CryoSat e CFOSAT. As ondas formadas pelo vento atingem sua força máxima durante as tempestades. No entanto, o maior perigo para as regiões costeiras são as ondas de longo período, que transportam energia por grandes distâncias. Essas ondas se espalham pelas bacias oceânicas, e suas características fornecem informações sobre o tamanho e a intensidade da tempestade que as gerou. Um período de onda de 20 segundos, por exemplo, indica que uma onda grande chega a cada 20 segundos. A pesquisa também revelou que modelos anteriores superestimavam a quantidade de energia transportada pelos comprimentos de onda mais longos. A energia real está mais concentrada nas ondas dominantes da tempestade, e não distribuída entre os comprimentos de onda mais longos. Apesar disso, essas ondas continuam sendo extremamente destrutivas, mas os cientistas agora entendem com mais precisão como sua energia se comporta. De acordo com o Scitechdaily, os dados históricos do projeto CCI Sea State indicam que as ondas mais altas dos últimos 34 anos ocorreram em janeiro de 2014, quando a tempestade atlântica Hércules gerou ondas de 23 metros, causando danos extensos de Marrocos à Irlanda. Fabrice Ardhuin afirmou que a próxima etapa da equipe será relacionar essas descobertas às mudanças climáticas. As conclusões reforçam a importância de proteger comunidades costeiras e infraestrutura marítima, especialmente diante da evolução dos padrões climáticos globais.

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