Gouveia e Melo Choca Portugal: Um Mandato em Belém e Acusações Explosivas!

Em entrevista ao Observador, Henrique Gouveia e Melo causou impacto ao admitir a possibilidade de cumprir apenas um mandato presidencial, caso seja eleito. O candidato expressou a sua “impressão” de que o governo tentou afastá-lo da corrida eleitoral, supostamente para proteger Luís Marques Mendes, descrevendo essa resistência como “óbvia”. Gouveia e Melo argumentou que os segundos mandatos presidenciais tendem a ser menos bem-sucedidos. Ele enfatizou que a decisão de cumprir um ou dois mandatos dependerá de uma análise cuidadosa das circunstâncias no momento oportuno. Questionado sobre a relação com um eventual executivo que, segundo ele, tentou dificultar sua candidatura, Gouveia e Melo não previu problemas, mas criticou a falta de clareza do país em relação à defesa nacional, apontando a “opacidade” no debate público sobre prioridades, investimentos e estratégia. Sem individualizar as críticas, ele ressaltou a necessidade de o Estado definir objetivos e parar de “infantilizar a população” ao reter informações essenciais. Sobre imigração, Gouveia e Melo acusou o governo de Luís Montenegro de adotar políticas que se inclinam para as ideias da extrema-direita. Ele afirmou que sua candidatura “morre” se não chegar à segunda volta e que não dará indicações de voto, mas sugeriu que votaria no candidato que enfrentasse André Ventura, caso o líder do Chega chegasse ao segundo turno. Reforçou que, se Ventura formasse governo

com apoio parlamentar, daria posse ao novo governo, defendendo que “a democracia deve ser igual para todos”. O candidato mencionou apreciar o primeiro mandato de Mário Soares, mas considerou que o segundo ultrapassou as funções presidenciais normais. Admitiu que os segundos mandatos geralmente “correm menos bem” e reiterou a possibilidade de não cumprir dois mandatos. Sobre supostas ligações à maçonaria, Gouveia e Melo negou qualquer envolvimento, afirmando ter tentado evitar que sua candidatura fosse influenciada por membros dessa organização. Ele mencionou uma tentativa de associá-lo à maçonaria para desgastar sua imagem, interpretando isso como resistência do sistema a um “indivíduo que vem de fora”. Gouveia e Melo criticou “muitos políticos tradicionais” por serem “demagógicos” e “instrumentalizarem a população”, mas recusou-se a citar nomes. Defendeu a necessidade de uma reforma laboral, mas com a preservação dos direitos dos trabalhadores e através de “verdadeira negociação”. Evitou antecipar vetos até que houvesse uma versão final do projeto. Sobre a Saúde, considerou que o governo “está a explicar mal” as mudanças, e que o tempo “vai-se esgotando na perceção dos portugueses”, reconhecendo que a área se tornou a principal fragilidade do Executivo. Gouveia e Melo criticou o uso da presunção de inocência como arma política e as fugas de informação que coincidem com calendários eleitorais. Admitiu a possibilidade de defender um Procurador-Geral da República de fora do Ministério Público, caso o sistema não se “autocorrija”.

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