Banco Master em Crise: Seu Dinheiro Está Seguro? Entenda o que Aconteceu!

Liquidação do Banco Master gera pânico entre investidores. Descubra os riscos, o que fazer e quem está por trás da operação que abala o mercado financeiro.

A liquidação extrajudicial do Banco Master, determinada pelo Banco Central na terça-feira (18), gerou grande apreensão entre correntistas e investidores, que agora se questionam sobre a disponibilidade de seus recursos aplicados na instituição. A liquidação extrajudicial ocorre quando o Banco Central decide encerrar as atividades de um banco que não possui mais condições de operar. Para analisar o impacto dessa decisão em investidores e correntistas, o SBT News entrevistou Hugo Garbe, professor de Ciências Econômicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Garbe destacou três pontos cruciais: Risco de perdas acima do teto do FGC: Investidores com até R$ 250 mil por CPF/CNPJ no Banco Master contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos. Acima desse valor, a recuperação do investimento depende da massa falida; Interrupção de operações em andamento: Negociações de ativos, vendas de carteiras e propostas de aquisição foram suspensas, deixando investidores sem clareza sobre o futuro de seus recursos; Exposição sistêmica do próprio FGC: O elevado volume de CDBs emitidos pelo Master levanta dúvidas sobre a velocidade do ressarcimento em caso de sinistros. Diante desse cenário, correntistas e investidores devem tomar algumas medidas. É crucial identificar o valor aplicado no banco e separar o que está ou não coberto pelo FGC. O FGC é uma entidade privada sem fins lucrativos que integra o Sistema Financeiro Nacional, atuando na estabilidade

e proteção de depositantes e investidores. Funciona como um seguro, garantindo a devolução dos recursos em caso de crise na instituição. Os recursos do FGC vêm de contribuições mensais dos bancos associados. Quem possui valores acima do limite garantido precisa se habilitar como credor da liquidação, acompanhando as publicações no site da empresa liquidante para obter orientações e a lista de documentos necessários. Essa medida se aplica tanto a depósitos quanto a investimentos protegidos, como CDBs, RDBs, LCIs e LCAs, segundo Hugo Garbe. O Banco Central recomenda que os credores busquem orientação jurídica para entender os prazos, reunir a documentação e garantir seus direitos. Além disso, é essencial acompanhar os comunicados oficiais do BC, do liquidante e do FGC, que informarão os procedimentos de habilitação de créditos e pagamento das garantias. Guardar extratos, contratos e comprovantes é fundamental. Do ponto de vista econômico, a liquidação do Master pode gerar impactos significativos. Bancos médios e pequenos podem enfrentar aumento no custo de captação, pois investidores tenderão a exigir juros mais altos como compensação pelo risco. A pressão sobre o FGC pode levar a debates sobre limites de emissão, governança e transparência. Crises bancárias geralmente diminuem o apetite por risco e direcionam recursos para grandes bancos e títulos públicos. A operação da Polícia Federal, chamada Compliance Zero, resultou na suspensão dos bens de controladores e ex-administradores logo após seu início. Qualquer negociação de compra em andamento foi interrompida. As investigações, iniciadas em 2024 a pedido do Ministério Público Federal (MPF), apuram a possível fabricação de carteiras de crédito insubsistentes por uma instituição financeira, além de crimes como gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa. A equipe de jornalismo do SBT tentou obter um posicionamento do Banco Master, mas não houve resposta até o momento. A defesa de Daniel Vorcaro informou que o banqueiro estava em Dubai a negócios. Daniel Bueno Vorcaro, 42 anos, preso na operação da PF na terça-feira (18), é dono do Banco Master e possui participações em empresas dos setores de saúde, varejo e tecnologia. Vorcaro assumiu a presidência do Banco Máxima em 2018, que então passou a se chamar Banco Master. Durante sua gestão, o banco expandiu suas operações e criou uma corretora de investimentos. Ele também fundou o Banco Master de Investimentos e tem participação na Kovr Seguradora. Nos últimos anos, o Master expandiu sua presença física, ocupando quatro andares de um edifício na Avenida Faria Lima, em São Paulo. Posteriormente, anunciou a mudança para um prédio maior, visando centralizar todas as áreas em um único local. Além do banco, Vorcaro é proprietário do hotel de luxo Fasano Itaim, em São Paulo. Em 2023, ele também foi dono de um fundo de investimentos milionário ligado ao Atlético-MG.

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