A urgência em fazer a diferença impulsiona Rhett Ayers Butler, fundador e CEO da Mongabay, desde sua juventude. Uma viagem a uma floresta tropical em Bornéu, que posteriormente foi devastada, marcou um ponto crucial. Essa experiência o motivou a criar a Mongabay em 1999. O objetivo era conectar as pessoas com o que acontecia em florestas distantes, por meio de informações confiáveis, indo além da simples defesa de causas. Butler idealizou a Mongabay como uma ferramenta para proteger a natureza, tornando o conhecimento acessível e gratuito, e demonstrando que a reportagem de qualidade poderia ser uma forma de conservação. Em 2025, Butler foi honrado com duas importantes premiações por seu trabalho. Recebeu um lugar na lista de Líderes em Sustentabilidade da Forbes, que reconhece líderes globais na luta contra a crise climática, ao lado de personalidades como David Attenborough e Marina Silva. Também foi agraciado com a Medalha Henry Shaw do Jardim Botânico do Missouri, um dos prêmios mais antigos e prestigiosos na área de pesquisa botânica e conservação. Butler prefere destacar o trabalho da equipe da Mongabay, creditando a eles as conquistas alcançadas. Para ele, o impacto é a verdadeira medida do sucesso da Mongabay. A recompensa está em ver o trabalho da reportagem ajudando a interromper projetos destrutivos, influenciar políticas, inspirar ações e fortalecer comunidades locais. Em 2012, a Mongabay adotou um modelo sem fins lucrativos, priorizando
o impacto e a colaboração em vez de visualizações e competição. Essa mudança permitiu que a Mongabay se expandisse globalmente, mantendo seus valores. A transição transformou a Mongabay de um projeto individual em uma redação global que publica em oito idiomas. Apesar de depender do apoio de diversos financiadores, Butler enfatiza a independência editorial. A credibilidade da Mongabay se baseia na confiança dos leitores, e essa confiança é protegida em todas as etapas. Em um mundo cheio de desinformação, a transparência é a melhor defesa. A esperança também guia o trabalho da Mongabay através de uma abordagem de jornalismo de soluções. Butler acredita no poder das histórias de sucesso para manter os leitores engajados, em vez de afastá-los das notícias. Ele define a esperança como uma disciplina, que apresenta um quadro mais completo, incluindo os indivíduos que buscam soluções em meio à adversidade. A Mongabay celebrou seu 25º aniversário em 2024. Butler afirma que o próximo quarto de século será dedicado a fortalecer o impacto e empoderar as próximas gerações de líderes em jornalismo ambiental. A visão central permanece a mesma: se a Mongabay puder desempenhar um papel na criação de um futuro mais informado, justo e esperançoso, o trabalho terá valido a pena.
Em uma entrevista, Rhett Ayers Butler compartilhou suas experiências. Ele nunca imaginou receber esse reconhecimento quando lançou a Mongabay em 1999. Começou sem um plano definido, movido pela paixão pelas florestas tropicais e pela preocupação com seu desaparecimento. A primeira versão do site foi feita manualmente e mantida em seu apartamento. Butler não esperava que a Mongabay se tornasse uma organização global, nem que instituições como Forbes e o Jardim Botânico do Missouri reconhecessem seu trabalho. Ele atribui as honras à equipe de jornalistas, editores e colaboradores que construíram a Mongabay. A verdadeira recompensa sempre foi o impacto: quando a reportagem ajuda a impedir projetos destrutivos, influencia políticas ou fortalece comunidades locais. A Mongabay surgiu de uma experiência pessoal de perda. Butler viu uma floresta intocada em Bornéu ser destruída para dar lugar a uma plantação de óleo de palma. Essa experiência o motivou a criar a Mongabay para aumentar a conscientização sobre o que estava acontecendo com as florestas tropicais. Ele queria mostrar às pessoas a conexão entre suas vidas e o que acontecia em florestas distantes, com informações confiáveis. Nos anos 1990, a cobertura de questões ambientais era inconsistente, com grupos de defesa produzindo materiais parciais e a mídia tradicional focando em desastres. Butler viu uma oportunidade de fornecer jornalismo que informasse em vez de instruir, com reportagens baseadas em evidências sobre florestas e biodiversidade. Em 2012, a Mongabay fez a transição para um modelo sem fins lucrativos. Butler queria que a organização tivesse um impacto real, especialmente na cobertura ambiental na Indonésia. Ele acreditava que o jornalismo poderia aumentar a transparência e a responsabilidade. O modelo sem fins lucrativos permitiu que a Mongabay se concentrasse no impacto e na colaboração, em vez de visualizações. A organização começou a liberar histórias sob a licença Creative Commons, permitindo que outros veículos as republicassem livremente, alcançando diferentes públicos. Para Butler, o impacto significa fazer a diferença na forma como as pessoas pensam, decidem e agem. A Mongabay mede seu impacto de várias maneiras, incluindo a amplitude de alcance e a influência em políticas e comunidades. Ele se orgulha de momentos como a reportagem sobre uma concessão madeireira em Gabão, que levou à proteção de uma floresta, e a investigação sobre o desmatamento ilegal na Amazônia peruana, que resultou na exclusão de uma empresa da Bolsa de Valores de Londres. A Mongabay publica em vários idiomas e trabalha com mais de 120 funcionários e mais de 1.100 jornalistas em cerca de 85 países. Butler aprendeu que a melhor reportagem vem de pessoas enraizadas nos locais que cobrem. A rede global da Mongabay demonstra o poder da perspectiva local. A curiosidade é um fator comum entre os jornalistas da Mongabay. A organização se concentra em soluções, mostrando o que é possível e inspirando ação. A esperança é uma disciplina que requer evidências e responsabilidade. Butler acredita que destacar as soluções é mostrar o quadro completo, incluindo as pessoas que estão encontrando caminhos em meio a desafios. A liderança na Mongabay se concentra em fornecer apoio para que as pessoas tenham sucesso. A organização se esforça para criar uma cultura que equilibre rigor com compaixão, valorizando a curiosidade, colaboração e integridade. A independência editorial é essencial. A Mongabay protege essa independência mantendo uma separação entre as operações de captação de recursos e editoriais. A organização recebe apoio de uma ampla gama de fontes, o que a torna independente e resiliente. Para permanecer relevante e confiável em uma era de desinformação, a Mongabay se baseia na transparência. A organização demonstra seu trabalho, citando fontes e explicando como obtém as informações. A Mongabay busca se manter relevante, alcançando o público onde ele está, experimentando novos formatos, mas mantendo a essência da reportagem cuidadosa e da verificação de fatos. Butler acredita que a Mongabay ainda tem um grande potencial a ser explorado. A organização está conectando a narrativa com dados, e está focada na próxima geração de jornalistas. A Mongabay está usando a tecnologia para expandir o acesso, acelerar a reportagem e fortalecer a credibilidade do trabalho. A esperança para Butler é uma forma de trabalho. Ele encontra motivação nas pessoas e nas histórias que provam que a mudança é possível. Butler aprendeu com seus erros e incentiva a paciência. Ele aconselha quem segue seus passos a começar pequeno, manter a curiosidade e não esperar por condições perfeitas. Ele enfatiza a importância de ser guiado pelo impacto e de cultivar a resiliência. Butler expressa gratidão aos leitores, colaboradores e apoiadores da Mongabay. Ele lembra que o jornalismo pode ajudar a criar soluções para a crise ambiental. Ele encoraja as pessoas a não subestimarem seu papel, pois as escolhas individuais importam.
📝 Sobre este conteúdo
Esta matéria foi adaptada e reescrita pela equipe editorial do TudoAquiUSA
com base em reportagem publicada em
Mongabay
. O texto foi modificado para melhor atender nosso público, mantendo a precisão
factual.
Veja o artigo original aqui.
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