Escândalo no Theatro Municipal: Músicos Pedem Intervenção Após Denúncias Bombásticas!

Músicos instrumentistas denunciam irregularidades no Theatro Municipal e pedem investigação do Ministério Público sobre gestão e novo edital. Críticas à gestão e guerra de abaixo-assinados agitam o cenário.

Músicos instrumentistas do Theatro Municipal de São Paulo solicitaram ao Ministério Público (MPSP) uma intervenção no equipamento cultural, em meio ao processo de seleção da nova Organização Social (OS) que assumirá a gestão do teatro pelos próximos cinco anos. A Associação dos Músicos Instrumentistas do Theatro apresentou ao MPSP uma notícia de fato, alegando "práticas lesivas ao interesse público e ao patrimônio material e imaterial do órgão" que estariam comprometendo a concorrência no novo chamamento público. O edital foi aberto após a Prefeitura, liderada por Ricardo Nunes (MDB), romper o contrato com a Sustenidos, que administrava o teatro desde maio de 2021. A decisão ocorreu em meio a pressões políticas após um funcionário se manifestar sobre o assassinato do ativista conservador norte-americano Charlie Kirk. A associação aponta possíveis irregularidades na condução do chamamento por parte da Fundação Theatro Municipal. Entre as alegações, está a contratação de um ex-dirigente da Sustenidos como diretor de Gestão da fundação, levantando suspeitas de conflito de interesses. Dalmo Defensor, além de fiscalizar o contrato de gestão, também é responsável por gerir o chamamento público, segundo a associação. A Sustenidos, em nota, argumenta que o profissional deixou a organização há quase uma década e não há impedimento legal para sua atuação na Fundação. Os músicos também questionam cláusulas do edital que exigem

novas provas a cada dois anos, acusando a Fundação de distorcer dados sobre as apresentações dos corpos artísticos para justificar a redução de suas apresentações e de seus integrantes. Além disso, relatam agressões de um servidor da Fundação contra representantes dos músicos durante uma reunião. Um dos principais pontos da notícia de fato é o contrato de gestão com a Sustenidos, que permaneceu em vigor mesmo após o Tribunal de Contas do Município apontar irregularidades no processo de seleção em 2023. O tribunal determinou providências que ainda não foram totalmente cumpridas. A associação também denuncia a falta de transparência nas atas das reuniões dos Conselhos Deliberativo e Fiscal. Diante disso, a associação pede que a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital avalie uma possível ação de improbidade. Em meio à polêmica, houve uma "guerra" de abaixo-assinados. Um grupo de artistas lançou um abaixo-assinado criticando a Sustenidos e afirmando que outras mobilizações não representam os artistas do teatro. O abaixo-assinado já reuniu mais de 6 mil assinaturas. O documento endossa uma nota pública do Sindicato dos Músicos Profissionais no Estado de São Paulo (SindmusSP), que critica a Sustenidos e o chamamento público da prefeitura. Um vídeo com artistas como Camila Pitanga, Denise Fraga, Bete Coelho e Gregório Duvivier defendendo a gestão da Sustenidos também circulou nas redes sociais. Em contrapartida, um abaixo-assinado a favor da Sustenidos, mobilizado em 22 de setembro, já contava com cerca de 14 mil assinaturas até o dia 7 de outubro. O texto defende a qualidade da programação e a boa conservação do teatro, argumentando que a prefeitura não deveria interromper o trabalho da OS. O Sindicato dos Músicos, em nota pública, criticou a gestão da Sustenidos, apontando "incongruências" no contrato, falta de prestação de contas desde 2022, descumprimento de regimes internos e sucateamento da programação dos corpos artísticos.

📝 Sobre este conteúdo Esta matéria foi adaptada e reescrita pela equipe editorial do TudoAquiUSA com base em reportagem publicada em Metropoles . O texto foi modificado para melhor atender nosso público, mantendo a precisão factual. Veja o artigo original aqui.