Educação Financeira em Cabo Verde: A Revolução que Vai Mudar Sua Vida!

Cabo Verde aposta na educação financeira para transformar a sociedade. Descubra como aprender a poupar, investir e mudar seus hábitos pode garantir um futuro mais próspero e equilibrado. Não perca!

Em Cabo Verde, a educação financeira surge como uma ferramenta crucial para a transformação social, num cenário onde o custo de vida elevado e o consumo imediato ainda influenciam as decisões. O movimento que promove a educação financeira está em expansão, envolvendo desde o Banco Central até as comunidades locais, passando por escolas e famílias, ensinando a poupar, planear e investir de forma consciente desde cedo. O objetivo principal é claro: modificar hábitos, estabelecer prioridades e preparar as novas gerações para um futuro económico mais sustentável. Em diversos bairros do arquipélago, a educação financeira é ensinada e aprendida, visando auxiliar as pessoas na gestão do seu dinheiro, considerando as dificuldades dos tempos modernos. Trata-se de uma iniciativa com grande impacto, que alcança crianças, jovens e adultos, que começam a entender que a economia está no ato de poupar. Essa mentalidade, se consolidada, pode abrir caminho para investimentos em saúde, educação e alimentação, rumo a um futuro mais equilibrado. Segundo Júlio Dias, jurista do Banco de Cabo Verde, a meta é fazer com que os três pilares da gestão financeira – o ter, o ser e o fazer – se estabeleçam na sociedade cabo-verdiana. Dias explica que o 'ter' representa o dinheiro como ferramenta para adquirir bens; o 'ser' está relacionado à vertente espiritual; e o 'fazer' diz respeito ao comportamento e à forma como o dinheiro é utilizado. O jurista exemplifica

lembrando a batalha entre a razão e a emoção: "tudo é uma questão de hábito e comportamento. Se não consegues controlar as tuas emoções, então não estás preparado para controlar o teu dinheiro." Ele ressalta que não há problema em ter dinheiro consigo, mas é essencial resistir aos gastos supérfluos, conquistando pequenas vitórias que, somadas, representam grandes avanços. É preciso planear para garantir o futuro, que está no ato de investir. Vera Figueiredo, comunicadora social, observa que os cabo-verdianos ainda lidam mal com o dinheiro, frequentemente invertendo as prioridades. Ela cita dados de 2002-2003, que revelam que as famílias gastam mais com lazer do que com educação, incluindo gastos com álcool. Esse estilo de vida, segundo ela, não pode ser considerado um investimento. Vera defende a necessidade de repensar a forma como se gasta o baixo salário médio, considerando os altos custos de vida, como habitação, saúde, educação e creches, além das dívidas. O psicólogo Nilson Gonçalves partilha da mesma opinião, afirmando que a sociedade cabo-verdiana ainda precisa aprender muito sobre educação financeira, devido a comportamentos compulsivos e más definições de prioridades, que refletem um passado instável. Ele alerta para o consumismo imediatista e aconselha a abrir mão de hábitos que não contribuem para o futuro, como festas e gastos desnecessários, especialmente com bebidas. A matéria completa está disponível na Edição 949 do Jornal A Nação, de 06 de Novembro de 2025, assinada por José Mário Correia.

📝 Sobre este conteúdo Esta matéria foi adaptada e reescrita pela equipe editorial do TudoAquiUSA com base em reportagem publicada em Anacao . O texto foi modificado para melhor atender nosso público, mantendo a precisão factual. Veja o artigo original aqui.