Famoso por sua aparência que lembra uma “raposinha” e conhecido como o cão inseparável da Rainha Elizabeth II, o corgi atrai olhares por onde passa, não só pela sua beleza, mas também por seu jeito atento e cheio de personalidade. A monarca britânica criou mais de 30 cães e, após a sua morte, a procura por filhotes aumentou tanto que os preços dispararam. De acordo com o Pet4Homes, o valor de um corgi chegou a triplicar, alcançando cerca de 2,5 mil libras (R$ 14,5 mil). O perfil nas redes sociais do Otávio, o corgi brasileiro que virou sensação, mostra que nem tudo são alegrias, e também existem desafios reais. Mas nem só de fofura vive um corgi. Atrás das orelhas eretas, do corpo compacto e do jeito simpático existe um cão ativo, inteligente e que exige dedicação. Originários do País de Gales, os corgis têm duas variações: o Welsh Corgi Cardigan, com cauda longa e pelagem mais escura, e o Welsh Corgi Pembroke, preferido da Rainha, mais claro e com rabo curto. Companheiros, sociáveis e muito espertos, são ótimos com crianças e convivem bem com idosos e outros animais. Podem viver em apartamento sem problemas, desde que recebam estímulos diários e tempo de qualidade com o tutor. A expectativa de vida chega aos 14 anos, período em que eles permanecem atentos a tudo e dispostos a participar de qualquer atividade do dia. Além das qualidades, há também os desafios. O tutor do próprio Otávio costuma alertar novos donos sobre os pontos mais
difíceis da rotina com a raça. Ele conta que já viu famílias desistirem do cão por não estarem preparadas para comportamentos típicos do corgi. Confira 7 desafios reais de ter esse pet em casa.
Latidos: O corgi foi desenvolvido como cão de pastoreio e alerta, e esse instinto aparece forte no dia a dia. O latido é potente para um animal tão pequeno e costuma surgir em qualquer situação: passos no corredor, campainha, vozes do vizinho, elevador chegando ou até mudanças no ambiente. A raça costuma latir quando veem a coleira ou quando alguém chega. Quem mora em condomínio ou prefere silêncio precisa considerar isso.
Pelos por toda parte: A subpelagem densa é marca registrada da raça. O corgi solta pelo durante o ano inteiro, com períodos de queda ainda mais intensa na troca de pelagem e na mudança de estação. Escovar diariamente ajuda, mas não elimina o problema, é comum encontrar tufos pelos cantos mesmo depois de aspirar a casa. Tapetes e sofás acumulam ainda mais, e o pelo chega a incorporar ao tecido. Para quem preza por limpeza impecável, esse pode ser um ponto crítico.
Fome sem fim e risco de obesidade: Eles devoram a comida sem mastigar e fazem cara de fome cinco minutos depois de comer. Por terem pernas curtas e corpo alongado, qualquer excesso de peso causa impacto na coluna e aumenta o risco de problemas articulares. Por isso, veterinários insistem no controle rígido da ração, na pesagem diária das porções e na restrição a petiscos extras. Muitos tutores precisam usar comedouros lentos porque o cão engole a refeição. A tentação de pedir comida do tutor também faz parte da rotina.
Energia: Apesar do tamanho compacto, o corgi tem energia acumulada de sobra. Caminhadas diárias, atividades ao ar livre e brincadeiras são indispensáveis. Quando não gasta energia, o cão tende a se tornar ansioso, latir ainda mais e desenvolver comportamentos como perseguir tornozelos, um resquício de seu instinto de pastoreio. Eles também se dão bem em esportes e gostam de atividades na água, que ajudam a preservar as articulações. Viver em apartamento funciona, desde que haja passeios consistentes.
Coprofagia: A coprofagia, conhecida como o hábito de comer fezes, é mais comum no corgi do que muitos imaginam. Alguns comem o próprio cocô, outros tentam abocanhar o de outros cães durante passeios. O comportamento pode surgir por curiosidade, ansiedade ou simplesmente por hábito, e costuma aparecer com mais força na juventude. Não há fórmula mágica. O tutor precisa reforçar o treinamento, recolher as fezes rapidamente e observar de perto. Com rotina e paciência, o comportamento tende a diminuir, mas episódios isolados podem aparecer ao longo da vida.
Troca de pelos na fase jovem: Entre os três e sete meses, os filhotes entram na primeira grande troca de pelagem, e isso assusta muitos tutores. O pelo fica mais ralo e a queda aumenta, dando a impressão de que algo está errado, mas é totalmente natural. Essa fase exige banhos mais curtos, escovação frequente e atenção à pele. Pessoas sensíveis podem apresentar irritações se houver acúmulo de pelos no ambiente, o que torna a limpeza ainda mais importante.
Responsabilidade: O corgi é muito apegado ao tutor e quer participar de tudo. Segue pela casa, acompanha até o banheiro e só relaxa quando está por perto. Sem estímulo suficiente, pode desenvolver ansiedade de separação. A expansão da raça também trouxe criadores sem preparo, por isso é essencial buscar canis responsáveis e com acompanhamento veterinário. O cão precisa de boa alimentação, exercícios, adestramento básico e, em alguns casos, cuidados para a coluna.
📝 Sobre este conteúdo
Esta matéria foi adaptada e reescrita pela equipe editorial do TudoAquiUSA
com base em reportagem publicada em
Canaldopet
. O texto foi modificado para melhor atender nosso público, mantendo a precisão
factual.
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