O presidente Lula indicou o ministro da AGU, Messias, para ocupar a vaga deixada por Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão, aparentemente, já estava definida desde o início, seguindo o que o governo chama de "tempo Lula", que envolve ouvir diferentes interlocutores e avaliar nomes, sem confrontar abertamente os envolvidos. Lula enfrentou pressão de diversas frentes, incluindo parlamentares liderados por Davi Alcolumbre, que defendiam a indicação do senador Rodrigo Pacheco, e aliados que pediam uma indicação feminina. Em meio a essas pressões, Lula consultou aliados, como ministros do STF, incluindo Zanin, Dino, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além de Ricardo Lewandowski. Apesar das consultas, não houve apresentação de nomes, mas os magistrados pediram moderação. Lula também conversou com Barroso e Pacheco, informando-os sobre a decisão. A nomeação de Messias ainda precisa passar pela sabatina no Senado, onde precisará ser aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, posteriormente, em plenário. Desde a redemocratização, nenhuma indicação presidencial foi rejeitada pelo Senado. Esta será a 11ª indicação de Lula ao Supremo, considerando seus três mandatos. Messias assumirá os processos e acervos de Barroso, incluindo casos da Operação Lava Jato. O STF informa que 895 processos estavam sob a relatoria de Barroso.