O Hospital Santa Casa de Ponta Grossa, no Paraná, está construindo um bunker inovador para abrigar um equipamento de radioterapia revolucionário. O modelo, inédito na América do Sul, utiliza um acelerador linear com inteligência artificial (IA) para direcionar a radiação diretamente aos tumores, preservando os tecidos saudáveis. Para garantir a segurança e a eficácia do tratamento, as paredes do bunker terão impressionantes 2,20 metros de espessura. A construção exigiu o transporte de quase 800 metros cúbicos de concreto, demandando mais de 95 viagens de caminhão. Para evitar rachaduras no concreto durante a secagem, foram utilizadas quase 30 toneladas de gelo, controlando a temperatura. A obra faz parte da transformação do antigo Hospital Evangélico de Ponta Grossa em um centro de referência em oncologia, com previsão de entrega para março de 2026. O projeto, que ultrapassa R$ 20 milhões, conta com recursos da Itaipu Binacional, do Governo do Estado e de emendas parlamentares. A construção do bunker está avaliada em R$ 8,4 milhões, enquanto o equipamento de radioterapia custa R$ 12 milhões. Com a nova estrutura, a capacidade de atendimento oncológico em Ponta Grossa dobrará, com previsão de mais de sete mil consultas e mais de dois mil procedimentos mensais para pacientes de 28 cidades da região.