Ataque Choca EUA: O Que Sabemos Sobre o Atentado Contra a Guarda Nacional em Washington?

Afegão é suspeito de ataque perto da Casa Branca, levando Trump a endurecer retórica anti-imigração e suspender vistos. Entenda os detalhes e as reações.

Os Estados Unidos anunciaram a suspensão de todos os pedidos de imigração de cidadãos afegãos após um indivíduo do Afeganistão ser identificado como suspeito de atacar dois membros da Guarda Nacional em Washington, na quarta-feira, 26 de novembro. O incidente ocorreu a poucos metros da Casa Branca. Ao menos um dos soldados reagiu ao ataque. O suspeito ficou gravemente ferido e está sob custódia, segundo o governo americano. Os soldados estão internados em dois hospitais da capital, em estado estável, porém crítico. Após o ocorrido, o ex-presidente Donald Trump intensificou sua postura contra a imigração em relação aos afegãos, classificando o ataque como um "ato de terror". O que se sabe sobre o caso: Um homem abriu fogo contra dois membros da Guarda Nacional na tarde de quarta-feira, no centro de Washington. Os disparos ocorreram perto de uma estação de metrô, a dois quarteirões a noroeste da Casa Branca. O vice-chefe de polícia de Washington, Jeffery Carroll, afirmou que o agressor "virou a esquina" e atirou nos guardas, conforme vídeo analisado por investigadores. A prefeita de Washington, Muriel Bowser, descreveu o ataque como "deliberado". A mídia americana reporta que pelo menos uma das vítimas revidou. Outras forças de segurança chegaram ao local após ouvirem os disparos e conseguiram deter o suspeito após ele ser baleado, informou Carroll. Ambos os soldados estavam armados no momento do ataque, mas detalhes sobre quem e como reagiu

ainda não foram confirmados. Quem é o suspeito: R. L, um cidadão afegão de 29 anos, entrou nos EUA em 2021 com visto especial, segundo CBS e CNN. Ele foi preso e está hospitalizado, mas sem risco de morte. O FBI investiga o caso como possível atentado terrorista, acreditando que ele agiu sozinho. A Fox News noticiou que o suspeito trabalhou com o exército americano e a Agência Central de Inteligência (CIA) no Afeganistão, chegando aos EUA um mês após a retirada das forças americanas. Citando o diretor da CIA, John Ratcliffe, a Fox informou que o suspeito atuou em Kandahar, no sul do Afeganistão, onde havia uma das maiores bases militares americanas. Trump culpou Joe Biden pelo incidente, alegando que o suspeito entrou no país por meio de um programa para acolher afegãos após o retorno do Talibã. Trump declarou em vídeo oficial: "Temos agora de voltar a examinar todos os estrangeiros que entraram no nosso país vindos do Afeganistão". O secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, anunciou o envio de 500 soldados adicionais para Washington, elevando o total para mais de 2.500. As vítimas: As duas vítimas são membros da Guarda Nacional da Virgínia Ocidental, parte da operação ordenada por Trump na capital americana. As autoridades não divulgaram suas identidades. O FBI e a prefeita de Washington informaram que os guardas estão em "estado crítico", internados em hospitais diferentes. Houve confusão inicial, com o governador da Virgínia Ocidental, Patrick Morrisey, publicando que as vítimas haviam morrido, mas depois corrigindo a informação. Por que a Guarda Nacional está em Washington: Mais de 2.000 membros da Guarda Nacional estão em operação em Washington desde o verão no hemisfério norte. Trump ordenou a mobilização em agosto, justificando a medida com uma suposta escalada na criminalidade, apesar de as estatísticas não confirmarem a alegação. Tanto a prefeita de Washington quanto a polícia se manifestaram contra o envio das tropas. A Guarda Nacional patrulha bairros residenciais, estações de trem, atua em postos de controle nas rodovias e até foi designada para coleta de lixo e vigilância em eventos esportivos. Uma juíza federal ordenou o fim da operação, mas suspendeu a decisão por 21 dias para dar tempo ao governo Trump de retirar os guardas ou recorrer da sentença.

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