Alerta Vermelho do Fed: Inflação Ameaça Emprego! Entenda o Cenário Crítico

Ata do BC americano revela preocupações com inflação persistente e riscos crescentes para o mercado de trabalho, exigindo cautela nas decisões monetárias.

A ata da última reunião do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, divulgada em 8 de novembro, trouxe à tona um cenário desafiador para a economia americana. As autoridades monetárias expressaram preocupações com os riscos de alta da inflação, que permanecem elevados, e com o aumento dos riscos de queda no mercado de trabalho. Os participantes da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), realizada em 16 e 17 de setembro, discutiram os riscos que poderiam influenciar a política monetária. Foi consenso que, caso a política monetária seja afrouxada de forma prematura, a inflação persistente poderia desancorar as expectativas de longo prazo, dificultando o controle dos preços. Por outro lado, manter as taxas de juros muito altas por muito tempo poderia levar ao aumento do desemprego e à desaceleração econômica. Diante desse cenário, os participantes enfatizaram a importância de uma abordagem equilibrada para alcançar os objetivos de emprego e inflação. A ata também ressaltou que as expectativas de inflação de longo prazo continuam bem ancoradas, o que é crucial para manter a inflação na meta de 2%. A maioria dos membros do Fed destacou os riscos de alta para suas projeções de inflação, embora alguns tenham mencionado uma percepção de menor risco em comparação com o início do ano. A inflação tem demonstrado pouca progressão em direção à meta, mesmo sem considerar os aumentos tarifários, o que gerou preocupações

sobre o risco de as expectativas de inflação de longo prazo subirem. Os participantes observaram que a inflação aumentou desde o início do ano, permanecendo um pouco acima da meta de longo prazo de 2%. Embora os aumentos tarifários tenham pressionado a inflação para cima, alguns participantes notaram que seus efeitos parecem ter sido atenuados em relação às expectativas iniciais. A ata mencionou que ganhos de produtividade podem estar reduzindo as pressões inflacionárias e que, excluindo os efeitos dos aumentos tarifários, a inflação estaria próxima da meta. Na reunião de setembro, alguns dirigentes poderiam ter apoiado a manutenção das taxas de juros, embora a maioria tenha considerado apropriado um afrouxamento da política ainda este ano. O diretor do Fed, Stephen Miran, votou pela redução de 50 pontos-base, citando o enfraquecimento do mercado de trabalho e a inflação subjacente mais próxima da meta de 2%. Os membros do BC concordaram que a inflação ainda estava um pouco alta e não caracterizaram mais as condições do mercado de trabalho como sólidas, devido à desaceleração do emprego e ao aumento da taxa de desemprego. Na discussão sobre o mercado de trabalho, os participantes observaram que os ganhos de emprego diminuíram e a taxa de desemprego aumentou ligeiramente. A redução nos ganhos de emprego pode refletir a diminuição tanto da oferta quanto da demanda de trabalho, possivelmente influenciada pela inteligência artificial e outros fatores, como a baixa imigração. Os participantes notaram que o crescimento econômico moderado e a incerteza nas decisões de contratação das empresas também podem estar reduzindo a demanda por trabalho. Apesar disso, os indicadores não mostraram uma deterioração acentuada nas condições do mercado de trabalho. No entanto, algumas revisões sugerem que essas condições estão enfraquecendo há mais tempo do que se pensava. Para o futuro, os participantes esperam que as condições do mercado de trabalho possam se estabilizar com uma política monetária apropriada, mas reconhecem a incerteza e o aumento dos riscos de queda no emprego.

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