O tenente-coronel Mauro Cid, antigo auxiliar de Jair Bolsonaro, compareceu a uma audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (3) e teve a tornozeleira eletrônica removida. A decisão veio após o cumprimento de orientações estabelecidas durante a audiência, relacionadas ao cumprimento de sua pena de dois anos de prisão em regime aberto, imposta pela condenação na ação penal sobre a trama golpista. O procedimento foi supervisionado por um juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, que determinou o início do cumprimento da condenação na semana anterior. Como Cid firmou um acordo de delação premiada, ele não será preso. No entanto, o militar está sujeito a restrições, incluindo a proibição de deixar Brasília e a obrigação de cumprir recolhimento domiciliar entre as 20h e as 6h, com recolhimento integral nos finais de semana. Isso significa que ele não poderá sair de casa nesses períodos. Adicionalmente, Cid está proibido de portar armas, usar as redes sociais e se comunicar com indivíduos investigados nos processos relacionados à trama golpista. Em contrapartida à colaboração com as investigações, Cid desfrutará dos benefícios da delação, como a retirada da tornozeleira eletrônica e a possibilidade de ter escolta da Polícia Federal para sua segurança e a de seus familiares. Seus bens também serão desbloqueados.