O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, recentemente empossado, gerou controvérsia ao criticar uma operação policial no Rio de Janeiro que resultou em mais de cem mortes. Durante um jantar promovido pela Casa Parlamento, do grupo Esfera, Boulos descreveu a ação como uma demonstração de “demagogia com a vida das pessoas”. Ele enfatizou a importância de investimentos em operações de inteligência coordenadas pela Polícia Federal, que, segundo ele, são mais eficazes no combate ao crime organizado sem vitimar civis. A crítica de Boulos surge apesar de pesquisas de opinião, inclusive levantamentos internos do Palácio do Planalto, indicarem que a maioria da população apoia a operação policial. O ministro não detalhou os motivos específicos de sua avaliação, mas sua fala reacendeu o debate sobre a atuação das forças de segurança e a necessidade de equilibrar o combate ao crime com a proteção da vida. A declaração de Boulos destaca a complexidade das questões relacionadas à segurança pública e a necessidade de abordagens que considerem tanto a eficácia no combate ao crime quanto o respeito aos direitos humanos. A repercussão de suas palavras demonstra a sensibilidade do tema e a importância de um debate aberto e aprofundado sobre o assunto.