Rubio no Ataque! Oposição Acusa Lula de 'Química Azeda' com Trump

A indicação de Rubio para negociar sanções reacende a disputa política. Oposição critica sigilo da conversa Lula-Trump e questiona rumos da política externa brasileira. Entenda!

A indicação do ex-secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, para tratar das sanções impostas ao Brasil durante o governo Trump gerou reações imediatas da oposição brasileira. A nomeação, fruto de uma conversa telefônica entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, é vista com desconfiança por alguns setores políticos. A ligação, que foi mantida em sigilo antes de ser realizada, marcou o primeiro contato direto entre Lula e Trump desde que o presidente americano assumiu o cargo no início do ano. Enquanto o governo brasileiro avalia a conversa como “positiva”, parlamentares da oposição manifestam preocupação, considerando a postura de Rubio alinhada às ideias de Trump e sua resistência a governos considerados autoritários na América Latina. O deputado federal Alexandre Ramagem declarou que “a química azedou”, sugerindo que Rubio seguirá as diretrizes de Trump, priorizando a normalidade democrática, o fim da censura e da perseguição política, eleições livres e a não interferência em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O deputado estadual Bruno Engler compartilhou uma visão similar, classificando a ideia de uma “química perfeita” como uma “farsa com quem patrocina terror e vive de aliados podres”. Ele criticou a política externa brasileira, alegando que ela se tornou “um atraso, lenta, sem rumo e refém de alianças morais”. O ex-ministro Fabio Wajngarten também se manifestou, argumentando que a ligação

entre chefes de estado com visões tão distintas não significa muito. Para ele, o fato de o contato ter ocorrido dez meses após a posse de Trump demonstra o quanto a política externa atual é retrógrada, lenta e carente de tecnicidade. A oposição também criticou o sigilo em torno da conversa, interpretando-o como um sinal de fraqueza por parte de Lula. O deputado Carlos Jordy acusou o presidente de “arregar” e não ter coragem de enfrentar Trump pessoalmente. Jordy alegou que Lula priorizou a ajuda a um ministro, ao solicitar a retirada de sanções durante a conversa. Similarmente, o deputado Bibo Nunes questionou o que Lula “quer esconder”, sugerindo que o presidente teme ser repreendido por Trump pelas supostas “atrocidades e censura” no Brasil. O advogado Andre Marsiglia resumiu a conversa como um diálogo para agendar um novo diálogo, reiterando os nomes já designados para conduzir as tratativas e combinando um futuro encontro. Segundo informações, a ligação entre Lula e Trump durou cerca de 30 minutos, durante os quais discutiram relações bilaterais e a possibilidade de um encontro presencial, possivelmente durante a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) na Malásia. O Palácio do Planalto informou que Lula solicitou a retirada da sobretaxa de 40% imposta a produtos nacionais e das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras. Em suas redes sociais, Trump afirmou ter tido uma ótima conversa com Lula, com foco na economia e no comércio entre os dois países.

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