A discussão sobre segurança pública no Rio de Janeiro revela um jogo de culpas. A tentativa de transferir a responsabilidade para o Governo Federal é evidente, mas a Constituição atribui aos governos estaduais a responsabilidade primária. A direita, que há décadas governa o estado e fez da segurança sua principal bandeira, vê o crime aumentar sob sua gestão. A estratégia é clara: jogar a culpa em Brasília. O Governo Federal, buscando soluções conjuntas, apresenta propostas ao Congresso, mas a maioria de direita as rejeita. O motivo? Não desejam resolver o problema, preferindo manter o discurso da violência. Para eles, o debate é um palanque político, com a retórica do "bandido bom é bandido morto", ignorando que essa abordagem não soluciona a crise. A culpa reside no método e em quem o perpetua por interesse político.