Sir Keir Starmer e o Príncipe William foram flagrados em uma tentativa desajeitada de cumprimentar o presidente brasileiro na cúpula da COP30. Ao subirem ao palco com Luiz Inácio Lula da Silva, o Príncipe e o Primeiro-Ministro pareceram confusos sobre quem ficaria no meio. Após alguns instantes de hesitação, o presidente brasileiro decidiu ficar entre os dois britânicos e pegou as mãos de cada um para um aperto de mãos. Lula então juntou as mãos em um cumprimento a três. O trio deixou o palco, com o Príncipe de Gales visivelmente constrangido. William havia discursado na COP30, expressando o 'privilégio' de representar seu pai no cenário global pela primeira vez, mas alertando que o mundo está 'perigosamente perto' do desastre. O príncipe, de 43 anos, representa o Rei Charles na Cúpula do Clima das Nações Unidas COP30 em Belém, porta de entrada para a Amazônia brasileira. Falando na Cúpula de Líderes Mundiais, o herdeiro do trono – que voou para o evento com Starmer após a premiação Earthshot Prize no Rio de Janeiro na noite anterior – falou com emoção sobre sua determinação em continuar o trabalho de seu pai em questões ambientais e levá-las adiante. Ele disse: 'Nos reunimos hoje aqui no coração da Amazônia... em um momento crucial da história humana. Um momento que exige coragem, cooperação e compromisso inabalável com o futuro do nosso planeta. Um futuro que não pertence a nós, mas aos nossos filhos e netos. Todos nós aqui hoje
entendemos que estamos chegando perigosamente perto dos pontos críticos da Terra... limiares além dos quais os sistemas naturais dos quais dependemos podem começar a se desfazer. O derretimento do gelo polar, a perda da Amazônia, a interrupção das correntes oceânicas... estas não são ameaças distantes. Elas estão se aproximando rapidamente e afetarão cada um de nós, não importa onde vivamos.' Ele destacou uma visita que ele e sua esposa, a Princesa de Gales, fizeram recentemente a Pontypridd, no País de Gales, devastada por enchentes. 'Um morador me disse como o rio que antes trazia vida à cidade havia se tornado uma fonte de medo', disse ele. 'Sua resiliência foi profundamente comovente. Foi também um lembrete poderoso de que a mudança climática não é uma ameaça distante. Está afetando vidas em todo o Reino Unido e em todo o mundo, de pequenas cidades a grandes cidades, de comunidades costeiras a regiões do interior. Nenhum canto do globo será afetado. Esses impactos representam riscos para o crescimento, a segurança e o bem-estar em todos os países. Mas sabemos que esses riscos muitas vezes recaem com mais força sobre aqueles que menos contribuíram para a crise.' O príncipe afirmou que a situação exige 'ação urgente e coordenada' e que os líderes mundiais se façam algumas perguntas desafiadoras. 'Devemos nos perguntar, que legado desejamos deixar? Porque o impacto de todas as nossas escolhas será sentido por todos nós em todo o mundo, na segurança de suas casas, na estabilidade de seus meios de subsistência e na saúde do mundo natural que nos sustenta', disse ele. 'Comunidades em todo o mundo já estão enfrentando o aumento do nível do mar, calor extremo, incêndios florestais, inundações, secas e o aumento da frequência de eventos climáticos extremos.' Mas, no espírito de seus prêmios Earthshot Prize, que visam acelerar e destacar as soluções mais inovadoras para os maiores desafios ambientais do planeta, William também deixou claro que queria invocar um espírito de otimismo. Ele até elogiou seu pai, o Rei Charles, por seu trabalho de vida na área. O monarca foi consultado sobre o discurso de seu filho antes da entrega. Recordando aos delegados o 'poder extraordinário das nações, comunidades e indivíduos que se unem para impulsionar a mudança', ele disse: 'Quando nos unimos em um propósito comum, podemos dimensionar e acelerar soluções que transcendem fronteiras. Soluções que nos dão esperança e nos enchem de otimismo para o futuro. Acredito há muito tempo no poder do otimismo urgente: a convicção de que, mesmo diante de desafios assustadores, temos a engenhosidade e a determinação para fazer a diferença e fazê-lo agora. Cresci com meu pai – o Rei – falando sobre o poder da natureza e a importância da harmonia no mundo natural. Um assunto que ele defende há mais de cinco décadas. É um privilégio também representá-lo aqui hoje, bem como todos os outros que defenderam esta causa por tantos anos. O caminho a seguir será difícil. Devemos transformar a maneira como alimentamos nossas vidas, produzimos nossos bens, nos movemos de um lugar para outro e cuidamos de nossa terra. Mas este não é apenas um desafio. É uma oportunidade profunda. Uma oportunidade de construir economias mais limpas, restaurar a natureza e melhorar a saúde e o bem-estar das comunidades em todos os lugares. É uma oportunidade de fazer crescer nossas economias, desenvolver novas tecnologias e criar sistemas de energia seguros e acessíveis que são centrais para nossa prosperidade e segurança futuras. A ação climática não apenas protege as gerações futuras, mas é um poderoso motor para criar empregos e vidas melhores hoje. Precisamos trabalhar juntos para construir resiliência contra os crescentes custos da mudança climática e nos tornarmos positivos para a natureza. Isso significa incentivar a proteção e a restauração, não a destruição. Significa reconhecer o verdadeiro valor da natureza – não apenas em termos econômicos, mas em sua capacidade de sustentar a vida, a cultura e a comunidade para que todos possam desfrutar.' Ele acrescentou que era crucial que os líderes mundiais ouvissem as vozes dos povos indígenas, como os da Amazônia brasileira, que vivem 'em harmonia' com a natureza há tantas gerações, e protegessem suas terras. 'Esta não é apenas uma obrigação moral – é uma solução climática prática para os desafios climáticos e de biodiversidade que nosso planeta enfrenta', disse ele. 'Vamos construir um futuro onde os Povos Indígenas e as Comunidades Locais sejam reconhecidos como líderes climáticos globais – onde seus direitos sejam protegidos, suas vozes ouvidas e seu conhecimento respeitado como vital para a saúde do nosso planeta. O tempo para parceria, proteção e progresso é agora.' O príncipe, que muitas vezes fala de como uma de suas principais motivações para promover a mudança são seus três filhos, Príncipe George, Princesa Charlotte e Príncipe Louis e o mundo que eles herdarão, concluiu: 'Sabemos o que está em jogo. Sabemos o que deve ser feito. E sabemos que nenhum país, nenhuma comunidade, nenhum indivíduo pode fazê-lo sozinho. Nossos filhos e netos estarão sobre os ombros de nossa ação coletiva. Vamos usar este cenário inspirador aqui no coração da Amazônia para nos levantar para atender a este momento, não com hesitação, mas com coragem. Não com divisão, mas com colaboração. Não com atraso, mas com compromisso decisivo. Vamos construir um futuro onde a natureza seja valorizada e onde cada criança herde um mundo de prosperidade, não de perigo. Vamos nos levantar para este momento com a clareza que a história exige de nós. Vamos ser a geração que mudou o curso – não para aplausos, mas pela silenciosa gratidão daqueles que ainda não nasceram. Este, aqui na COP30, é o nosso momento. Não vamos desperdiçá-lo. Nossos filhos e netos estão assistindo e esperando.' O príncipe passará 24 horas em Belém reunindo-se com líderes mundiais e realizando um pequeno número de compromissos públicos, um passo significativo em sua jornada como estadista global. No entanto, a COP30 – que atraiu líderes de 190 países em todo o mundo – já atraiu sua parcela de críticas. A conferência anual das Nações Unidas reúne líderes mundiais, cientistas, ativistas e negociadores de todo o mundo para concordar com os próximos passos coletivos para enfrentar as mudanças climáticas. Esperava-se que a realização da cúpula em Belém destacasse a importância de proteger seu ecossistema. Mas os críticos apontaram a ironia de construir novas acomodações e até mesmo cortar faixas de floresta tropical para construir uma rodovia para a cidade apenas para acomodar os delegados, particularmente em uma área de pobreza muitas vezes extrema. O governo brasileiro também foi atacado recentemente por acelerar o licenciamento de perfuração de petróleo.
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com base em reportagem publicada em
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