O lançamento do Plano de Ação de Saúde de Belém na COP30 foi ancorado por uma declaração simples e direta do Secretário Executivo de Mudanças Climáticas da ONU, Simon Stiell: “Somos lembrados da profunda conexão entre a saúde humana e a saúde do nosso planeta.” Para um jornalista africano, essa conexão não é um conceito abstrato, mas uma manchete diária. Da implacável erosão costeira na comunidade de Glefe, em Accra, Gana, onde o aumento do nível do mar contamina fontes de água e alimenta surtos de cólera, ao norte, onde secas prolongadas e inundações repentinas interrompem os ciclos agrícolas e exacerbam as ameaças de desnutrição e meningite, a crise climática é uma emergência de saúde pública presente e visceral. O novo plano, e a retórica que o acompanha, oferece uma estrutura que fala diretamente à posição precária do continente na linha de frente. O discurso de Stiell em Belém, proferido à sombra da Amazônia, serviu como um diagnóstico global que poderia ter sido escrito para a África. “O aumento das temperaturas, inundações, secas e tempestades estão ceifando vidas, alimentando doenças e desnutrição e exercendo imensa pressão sobre os sistemas de saúde”, afirmou ele, catalogando com precisão as doenças crônicas que afligem a segurança da saúde em todo o continente. Os números são impressionantes. Stiell citou o último relatório Lancet Countdown, que constatou que as mortes relacionadas ao calor aumentaram
Plano de Ação de Saúde de Belém: Novo Plano Global de Saúde Ganha Urgente Relevância na África
O Plano de Ação de Saúde de Belém, lançado na COP30, destaca a profunda ligação entre saúde humana e ambiental, essencial para a África, com foco em adaptação, equidade e justiça climática.
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