Meta Lucrando com o Crime? Descubra os Escândalos de Golpes no Instagram e Facebook!

Uma investigação revela como Instagram e Facebook ignoram fraudes para lucrar bilhões. Drauzio Varella expõe a cumplicidade da Meta em anúncios enganosos e seus impactos na saúde.

A Meta, controladora de Instagram, Facebook e WhatsApp, está obtendo lucros significativos com a enxurrada de anúncios fraudulentos que infestam suas plataformas. Essa é a principal denúncia do relatório especial da Reuters, elaborado por Jeff Horowitz, especialista em tecnologia. A investigação detalhada evidencia a colaboração da plataforma com as propagandas enganosas que veicula. Segundo o jornalista, documentos internos revelaram que 10% do faturamento anual da empresa, o equivalente a 16 bilhões de dólares, provém da divulgação de anúncios proibidos e golpes. A Meta tem falhado em identificar e remover uma quantidade massiva de anúncios fraudulentos que expõem bilhões de usuários a esquemas criminosos, incluindo investimentos financeiros falsos, cassinos online ilegais e a venda de medicamentos falsificados. Em relação aos crimes contra a saúde pública, quadrilhas de estelionatários se aproveitaram da imagem de Drauzio Varella, chegando a oferecer um curso online para ensinar a falsificar sua voz com inteligência artificial e vender tratamentos falsos. Uma reportagem de Isabela Aleixo, publicada no UOL, indicou que os golpistas tinham mais de 600 alunos matriculados. O autor da matéria fez uma denúncia ao Ministério Público de São Paulo e buscou auxílio jurídico, mas a Meta se recusa a identificar os criminosos, e a legislação brasileira não está preparada para responsabilizá-la. Enquanto isso, inúmeras pessoas caem em golpes, comprando

comprimidos de procedência duvidosa que prometem curar diabetes, dores nas costas, neuropatias periféricas e hipertensão, além de uma infinidade de suplementos alimentares inúteis e diversas vitaminas. A Reuters explica que muitas dessas fraudes partem de anunciantes suspeitos, mas a Meta só os proíbe quando seus sistemas automatizados estimam em pelo menos 95% a certeza da fraude. Pior ainda: ao clicar nesses anúncios fraudulentos, o usuário passa a receber, devido ao algoritmo personalizado, outros anúncios semelhantes. É um esquema montado para aumentar os lucros da empresa em parceria com golpistas, lesando pessoas de boa-fé. Sandeep Abraham, ex-investigador de segurança da Meta, afirmou que, se os legisladores não toleram que bancos lucrem com fraudes, não deveriam tolerá-las na área de tecnologia. Drauzio Varella tentou, em diversas ocasiões, remover vídeos falsos que usavam sua imagem, mas as respostas automáticas indicavam que os vídeos seguiam as regras da plataforma, sem qualquer remoção. Na investigação da Reuters, Jeff Horowitz cita um documento de 2003 que mostra que a Meta ignorava a maioria das queixas sobre golpes. Os funcionários da área de segurança estimavam que, semanalmente, os usuários do Instagram e do Facebook documentavam cerca de 100 mil anúncios falsos, mas a Meta ignorava ou rejeitava incorretamente 96% deles. O autor questiona: se o YouTube consegue identificar e eliminar golpes com eficiência, por que o mesmo não acontece com Instagram e Facebook? A resposta estaria nos 16 bilhões de dólares anuais que a plataforma fatura com essas práticas. Publicado na edição nº 1389 de CartaCapital, em 26 de novembro de 2025, o texto original tem o título ‘Mentiras lucrativas’.

📝 Sobre este conteúdo Esta matéria foi adaptada e reescrita pela equipe editorial do TudoAquiUSA com base em reportagem publicada em Cartacapital . O texto foi modificado para melhor atender nosso público, mantendo a precisão factual. Veja o artigo original aqui.