As mãos que um dia tocaram em pianos nas maiores salas do mundo agora colhem azeitonas. Maria João Pires, longe dos palcos, trocou-os pela terra e pela natureza, confessando que "já não sou pianista". A artista, que receberá o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva, fala sobre o stress dos palcos, o cansaço e as viagens que a afastaram da carreira. Aos 81 anos, após um AVC, Pires busca um novo sentido para a vida, vendendo a propriedade onde instalou o Centro de Artes de Belgais, em Castelo Branco. Preocupada com a preservação ambiental e o futuro do planeta, a pianista lamenta a "fome de consciência" das crianças e vê a inteligência artificial como um desafio se os valores não forem preservados.
Ao receber o prémio, Pires destaca a importância da ação e da participação em prol da comunidade, especialmente no auxílio às crianças e na busca por um mundo mais equilibrado e empático. Ela enfatiza a honra em receber o prémio europeu, ressaltando a necessidade de uma Europa com foco em valores humanos, educação e consciência ecológica, em vez de apenas lucro. A artista acredita que a sociedade atual, obcecada pelo materialismo, corre o risco de perder valores essenciais, transformando-se em algo "não-humano".
Maria João Pires compartilha que nunca teve o espírito de uma pianista de concertos, buscando sempre algo diferente, como o desenvolvimento da consciência e da espiritualidade. Ela reconhece que a música, como qualquer arte, é um caminho para
Maria João Pires Revela: Adeus aos Palcos e a Nova Missão que Conquistou o Coração da Pianista
Aos 81 anos, Maria João Pires fala sobre o fim da carreira nos palcos, a venda de Belgais e a sua preocupação com o futuro das crianças e do planeta.
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