Lula vs. Trump: A Verdade Chocante por Trás da Guerra às Drogas que Ninguém Te Contou!

Análise revela os bastidores da declaração de Lula sobre drogas, a influência dos EUA e a criação da figura do 'traficante'. Entenda a geopolítica por trás da guerra às drogas.

A declaração do presidente Lula, feita na Indonésia, sobre a necessidade de combater os viciados internamente, em vez de focar apenas no combate às drogas, precisa ser analisada em seu contexto. Lula respondeu a uma declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, que sugeriu que não seria necessária uma declaração de guerra para matar traficantes. O governo Trump tem sido acusado de ações agressivas contra a Venezuela, incluindo o afundamento de barcos no Caribe, o que pode afetar pescadores locais. Essa postura visa criar um ambiente propício para intervenções militares e a instalação de um governo alinhado aos interesses dos EUA, como ocorreu no Panamá. A agressão à Venezuela também inclui a autorização para a CIA realizar sabotagens e atos de terrorismo. A fala de Lula foi direcionada a Trump. Se as drogas são enviadas aos EUA, existe um problema com os cidadãos americanos que as consomem. A economia básica nos mostra que a oferta é impulsionada pela demanda. Além disso, dos mais de 200 tipos de substâncias proibidas, apenas três são foco de preocupação dos EUA: maconha, cocaína e papoula. Isso é uma questão de geopolítica. Os EUA criminalizam a maconha para pressionar o México, a cocaína para a América do Sul e a papoula por seus interesses na Ásia. Drogas sintéticas produzidas nos EUA e na Europa, que seguem o caminho inverso das drogas naturais, não são uma preocupação para Trump. Poucas apreensões ocorrem nos EUA, o que levanta

suspeitas sobre o envolvimento de órgãos governamentais no tráfico, como no caso Irã-Contras. Termos como tráfico, tráfego, trânsito, contrabando e descaminho são frequentemente usados de forma imprecisa. Trânsito é a simples movimentação, enquanto tráfego envolve o transporte legal de bens ou pessoas. Descaminho é a entrada ou saída ilegal de mercadorias sem o pagamento de impostos. O crime de quem traz mercadorias lícitas sem pagar impostos é descaminho, não contrabando. Contrabando e tráfico internacional são sinônimos, mas a política de guerra às drogas distorceu a percepção, associando tráfico a pessoas, órgãos e drogas. A figura do traficante foi pintada com as piores cores para diferenciá-lo de outros criminosos. Lula está correto, embora raramente se concorde com ele, pois seu discurso nem sempre condiz com suas ações. A criação da figura do traficante foi internalizada na lei brasileira em 1971, durante o governo Médici. Antes, o Código Penal não distinguia usuário e traficante. Em 1971, Nixon, incentivando golpes militares na América do Sul, declarou que as drogas eram o principal inimigo dos EUA, criminalizando a população negra americana. A partir dessa declaração, foi concebida a política de “guerra às drogas”. A ditadura empresarial-militar, alinhada aos interesses dos EUA, editou a lei 5724 em 1971, que exigia a colaboração no combate ao tráfico e uso de drogas. Não há guerra às drogas, mas sim uma guerra contra pessoas indesejadas e países que não se submetem aos EUA.

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