A partir desta quinta-feira, 9 de outubro, Belém, no Pará, ganha um novo ponto de encontro para a cultura e as artes da região amazônica. O Centro Cultural Banco da Amazônia será inaugurado com uma exposição gratuita dedicada a Nelson Mandela, o líder sul-africano que liderou a queda do regime racista do apartheid. A mostra, que conta com acessibilidade para deficientes visuais, é o primeiro espaço artístico criado e financiado por um banco na Amazônia. O presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, destaca a importância do centro como um símbolo da valorização e promoção da cultura amazônica, um local de reconhecimento da arte. Lessa ressalta que, com a exposição sobre Mandela, o banco fortalece a ligação entre Brasil e África, por meio da história de um líder comprometido com a justiça. A exposição "Mandela – Ícone Mundial de Reconciliação" é uma parceria do Instituto Brasil África (IBRAF) com a Fundação Nelson Mandela, de Joanesburgo, África do Sul. A mostra apresentará 50 painéis de fotografias e uma instalação audiovisual que retratam a trajetória de vida de Mandela, desde a infância, passando pela luta contra o apartheid e seus 27 anos de prisão, até sua eleição como presidente da África do Sul. A exposição ficará aberta de 9 de outubro a 30 de novembro, com entrada gratuita, no Centro Cultural Banco da Amazônia, localizado na sede do banco. A coordenadora de comunicação do Instituto Brasil África, Elisa Parente
, explica que a exposição também foi projetada para ser acessível a deficientes visuais, com audiodescrição e narração dos textos em todos os painéis. O público poderá acessar o conteúdo acessível por meio de um QR Code na entrada da exposição, que direciona a uma plataforma com todos os áudios sobre a vida e o legado de Mandela. Elisa enfatiza a importância da acessibilidade, vista como essencial para que a arte e a cultura alcancem todas as pessoas, honrando o legado de Mandela, que defendia a inclusão e a igualdade. O Centro Cultural Banco da Amazônia está situado na Avenida Presidente Vargas, no bairro Campina, próximo à Praça da República e ao Theatro da Paz. O espaço oferecerá uma extensa programação cultural gratuita, além de um ambiente para leitura e uma biblioteca. A gerente de marketing e comunicação do Banco da Amazônia, Ruth Helena Lima, ressalta o papel fundamental do centro na educação e formação, com potencial para democratizar o acesso à arte e estimular o pensamento crítico. Ela destaca que exposições, apresentações musicais, oficinas e eventos artísticos enriquecem o cenário cultural local e abrem portas para os artistas, consolidando a identidade amazônica. O projeto foi anunciado em 2023, durante o Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR), em reunião do Banco da Amazônia com o secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, Henilton Menezes, e secretários estaduais de cultura da região. Em outubro, a galeria estará aberta de segunda a sexta-feira, das 14h às 20h. Em novembro, mês da COP30 em Belém, o centro funcionará de terça a domingo, das 10h às 19h. O espaço recebeu um investimento de R$ 30 milhões e possui 1.200 metros quadrados de área de galeria, com a inauguração inicial de dois espaços: a galeria do térreo e o hall de convivência. No final de outubro, serão liberadas as galerias 2 e 3. Em 2025, o centro contará com salas multiuso para oficinas, biblioteca e um mini laboratório de inteligência artificial. A exposição "Mandela – Ícone Mundial de Reconciliação" apresenta fotografias e recursos multimídia que conduzem o público pelas décadas de ativismo político antirracista de Mandela, considerado um dos maiores líderes mundiais do século XX. A mostra já esteve em Brasília e São Paulo, atraindo milhares de visitantes. O curador da exposição, Christopher Till, sul-africano e ex-diretor do Museu do Apartheid em Joanesburgo, ressalta a importância de revisitar o legado do líder sul-africano, que acreditava no poder de cada indivíduo de transformar o mundo. Para celebrar o Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, a programação em Belém promoverá atividades educativas que conectarão o legado de Mandela às lutas históricas do povo negro no Brasil, com reflexões sobre igualdade, justiça e direitos humanos. Centro Cultural Banco da Amazônia – Galeria 1. Inauguração: 9 de outubro, das 9h às 19h. Endereço: Avenida Presidente Vargas, 800 – Campina, Belém – PA – sede do Banco da Amazônia. Classificação: livre. Entrada: gratuita.
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