Guerra Secreta na Venezuela? CIA Autorizada por Trump a Operar e o Mundo em Alerta!

Trump confirma ações secretas da CIA na Venezuela, reacendendo debates sobre intervenção americana e interesses na região. Maduro reage com firmeza.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou a CIA a conduzir operações letais na Venezuela, conforme revelado pelo jornal The New York Times e confirmado pelo próprio Trump durante uma coletiva de imprensa na quarta-feira, 15. Trump justificou a medida com base em alegações de tráfico de drogas e imigração ilegal, acusando a Venezuela de "esvaziar suas prisões" nos EUA. Questionado sobre a possibilidade de a CIA "eliminar" o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, Trump desconversou. A resposta da Venezuela veio em forma de comunicado oficial e, posteriormente, em um discurso inflamado de Maduro, que rejeitou qualquer intervenção estrangeira, citando exemplos históricos de golpes de Estado na América Latina. Além das ações da CIA, os EUA têm atacado embarcações próximas à costa venezuelana, sob alegação de transporte de drogas, com um saldo de 27 mortos. Democratas no Congresso americano questionam a legalidade desses ataques, enquanto alguns republicanos buscam mais informações da Casa Branca. O governo Trump, no entanto, não apresentou provas concretas sobre o envolvimento das embarcações com o tráfico. O historiador Lorenzo Delgado explica que os Estados Unidos estabeleceram uma rede de informações na América Latina a partir da Segunda Guerra Mundial, com a OSS, que mais tarde se transformaria na CIA. Washington já possuía um histórico de intervenções militares na região, incluindo participação em golpes de Estado. Arturo

López Zapico, professor de História Contemporânea, lembra a primeira grande intervenção da CIA na Guatemala, em 1954, além de outros casos na República Dominicana, Brasil, Panamá, Bolívia e Argentina. Ele também menciona intervenções fracassadas, como a invasão da Baía dos Porcos em Cuba. Zapico ressalta que o objetivo da CIA não é gerar caos, mas sim buscar soluções para substituir governos que não são favoráveis aos interesses dos EUA. Delgado concorda, explicando que a CIA mantém uma rede de contatos alinhados com os EUA. Um exemplo disso foi a Operação Condor, com apoio americano, que envolveu operações de inteligência e assassinato de opositores políticos. A Escola das Américas, no Panamá, e outros mecanismos, como a venda de armamentos, foram importantes para estabelecer essas conexões. Carlos Pérez Ricart, pesquisador mexicano, aponta que a CIA é um instrumento da política externa americana, com o objetivo de derrubar o governo Maduro. Ricart ressalta que, embora haja alguma verdade nas acusações de envolvimento do regime com o narcotráfico, essa é uma visão simplista. López Zapico destaca os interesses econômicos por trás das intervenções da CIA, como no caso da Guatemala e do Chile, e, no caso da Venezuela, os interesses petrolíferos. Pérez Ricart afirma que as declarações de Trump não trazem novidades operacionais, mas sim uma mudança na retórica, com um "intervencionismo muito mais claro". López Zapico atribui o estilo de Trump à ausência de assessores tradicionais, enquanto Pérez Ricart acredita que o reconhecimento público da participação da CIA na Venezuela prejudica seus objetivos, ofuscando, inclusive, a concessão do Prêmio Nobel a María Corina Machado.

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