Gouveia e Melo vs. Jorge Pinto: A Ira de Sócrates, a Revisão Constitucional e o Futuro de Portugal em Jogo!

No debate da CNN Portugal, Gouveia e Melo se irrita com apoio de Sócrates. Pinto questiona revisão constitucional e abordam-se temas como lei laboral e extremismos.

Em um debate acalorado na CNN Portugal, Henrique Gouveia e Melo confrontou Jorge Pinto, candidato apoiado pelo Livre. A discussão abordou temas cruciais, desde o apoio de José Sócrates até a complexa questão da revisão constitucional. O anúncio de que Sócrates votará em Gouveia e Melo visivelmente irritou o almirante na reserva, que reagiu com impaciência às perguntas sobre o assunto. Jorge Pinto, ex-militante do PS, distanciou-se do antigo primeiro-ministro. No início do debate, o jornalista Alberto Carvalho trouxe à tona a reforma da lei laboral, tema central da greve geral convocada para 11 de dezembro. Gouveia e Melo lamentou a semelhança dos temas em discussão com os de debates anteriores, mas esclareceu sua posição sobre as negociações em andamento entre o Governo e a concertação social, afirmando que qualquer comentário poderia prejudicá-las. O almirante reiterou a necessidade de flexibilizar a economia, mas alertou contra possíveis ataques ao "núcleo duro" dos direitos dos trabalhadores. Jorge Pinto, deputado e candidato apoiado pelo Livre, mencionou os 10 anos da posse do Governo da Geringonça, liderado por António Costa, elogiando a estabilidade proporcionada pelo governo e o papel do Presidente Cavaco Silva em garantir acordos escritos entre os partidos. Sobre a lei laboral, Pinto criticou as medidas do governo, argumentando que prejudicam os trabalhadores. Questionado sobre o Rendimento Básico Incondicional, Pinto sugeriu que poderia ser

testado para combater o desemprego causado pela Inteligência Artificial. Gouveia e Melo, por sua vez, enfatizou a importância de não temer a Inteligência Artificial, vendo-a como uma oportunidade para novos empregos. O debate também abordou o combate aos extremismos. Gouveia e Melo defendeu a possibilidade de combater a polarização e o crescimento dos extremismos em Portugal, destacando a necessidade de reflexão por parte dos partidos tradicionais. Pinto alertou para uma ameaça real, tanto interna quanto externa, e mencionou o Chega como parte de um movimento "reacionário internacional". Desafiado por Jorge Pinto sobre uma possível revisão constitucional feita apenas pela direita, Gouveia e Melo admitiu que não seria desejável, mas que o chefe de Estado deve respeitar as maiorias parlamentares. Ele sugeriu a dissolução do Parlamento caso houvesse uma "quebra do contrato" entre eleitores e eleitos. Pinto afirmou que dissolveria a Assembleia da República em caso de revisão constitucional que excluísse a esquerda. A morosidade da justiça, exemplificada pelo caso da Operação Marquês, também foi discutida. Gouveia e Melo considerou excessivos os dez anos para julgar o caso, e ambos os candidatos concordaram que a justiça não deve interferir na política. Pinto enfatizou a necessidade de governantes irrepreensíveis. No momento em que José Sócrates anunciou seu apoio a Gouveia e Melo, o almirante na reserva demonstrou irritação. Ele afirmou não ter nada a ver com a decisão de Sócrates e considerou a pergunta provocatória. Pinto, por sua vez, lembrou seu afastamento de Sócrates antes dos escândalos.

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