Dentista Policial Militar Desmascarado: Fraude Choca o CNU e Revela Rede Criminosa!

PF descobre gabarito idêntico de policial-dentista a outros investigados em fraude no CNU. Clínica odontológica sob suspeita de lavagem de dinheiro.

Ariosvaldo Lucena de Sousa Júnior, conhecido como “Júnior BH”, de 42 anos, viu sua vida dupla, entre ser policial militar no Rio Grande do Norte e dentista em Patos (PB), ser colocada sob investigação da Polícia Federal (PF). Aprovado no Concurso Nacional Unificado (CNU) para auditor fiscal do trabalho, com salário inicial de R$ 22,9 mil, ele é apontado como um dos envolvidos em um esquema de fraudes que chocou o país. A PF constatou que o gabarito de Ariosvaldo era idêntico ao de outros candidatos investigados, incluindo Wanderlan Limeira de Sousa, ex-policial militar e suspeito de liderar a organização criminosa. Peritos afirmam que essa semelhança é “estatisticamente impossível” de ocorrer sem coordenação criminosa. Em 27 de julho de 2025, durante a Operação Escolha Errada, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão na residência de Ariosvaldo, na Rua Manoel Mota, bairro Jatobá, em Patos. Ao receber os policiais, Ariosvaldo entregou um iPhone 15 Pro e sua senha com aparente tranquilidade. No entanto, ao ser questionado sobre um cofre metálico em seu closet, alegou desconhecer o código. O cofre foi levado à delegacia e, após aberto, revelou uma pistola Taurus calibre .40, registrada em nome de Adriano Nóbrega de Sousa, também policial militar e parente de Ariosvaldo. Adriano alegou que a arma estava guardada na casa do sobrinho, mas os investigadores suspeitam que o cofre pudesse conter outros itens importantes relacionados à fraude, como dinheiro

ou documentos. A clínica odontológica de Ariosvaldo, situada na Rua Alberto Lustosa, bairro Maternidade, em Patos, também está sob investigação. A PF suspeita que o local funcione como fachada para lavagem de dinheiro, com pagamentos disfarçados de serviços odontológicos, onde candidatos pagavam valores altos pela fraude, e os recursos entravam “limpos” como supostos serviços da clínica. A quebra de sigilo bancário do militar pode revelar movimentações financeiras incompatíveis com sua renda, considerando que ele mantém o consultório em uma cidade onde não reside nem trabalha oficialmente. A fraude foi descoberta quando a Cesgranrio, responsável pelo CNU, enviou os gabaritos à PF. Ao comparar as respostas de Ariosvaldo, Wanderlan e Valmir Limeira de Souza, os investigadores notaram que os três haviam acertado e errado as mesmas questões, inclusive em diferentes tipos de prova, o que, segundo a banca, é “estatisticamente impossível”. Outros nomes surgiram na investigação, como Laís Giselly Nunes de Araújo, Mylanne Beatriz Neves de Queiroz Soares, Sandra Cristina Neves de Queiroz Soares e Eduardo Henrique Paredes do Amaral, todos aprovados em cargos distintos com gabaritos idênticos. A perícia no celular de Ariosvaldo revelou outro indício de ocultação, pois o aparelho continha dados apenas a partir de abril de 2025, período em que ele fazia o curso de formação em Brasília, sem registros anteriores. A PF acredita que ele tenha adquirido o aparelho especificamente para essa etapa do concurso, apagando qualquer histórico que pudesse ligá-lo à organização criminosa. Ariosvaldo agora responde por fraude em certame público, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenado, pode pegar até 28 anos de prisão e perder o cargo público.

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