China em Alerta Máximo: IA Militar Avançada e o Desafio Silencioso aos EUA

A China, sob o regime comunista, está empenhada em mobilizar o setor privado e universidades civis para o desenvolvimento de tecnologias avançadas de inteligência artificial (IA) com aplicações militares. Essa estratégia visa acelerar a modernização do Exército de Libertação Popular, driblar sanções e aumentar a ameaça ao poderio militar dos Estados Unidos, conforme revelado pelo jornal The Wall Street Journal em setembro, com base em dados da Universidade de Georgetown. Pequim firmou milhares de contratos com instituições civis dentro do programa conhecido como “fusão civil-militar”, liderado pelo ditador Xi Jinping. A Universidade Shanghai Jiao Tong, por exemplo, tornou-se um dos principais pilares dessa iniciativa. Pesquisadores da instituição desenvolveram estudos sobre sistemas de IA capazes de coordenar operações automatizadas, as chamadas “kill webs”, que integram sensores e armamentos para reagir de forma autônoma em um campo de batalha marítimo. Apenas seis dias após a publicação do estudo, a universidade assinou um contrato com o regime chinês para transformar o conceito em um sistema real de combate. O levantamento da Universidade de Georgetown indica que, entre 2023 e 2024, o Exército chinês assinou cerca de 3 mil contratos relacionados a tecnologias de IA. Mais de 85% desses contratos foram firmados com empresas privadas e universidades civis, a maioria das quais não está sujeita a sanções americanas. Essa abordagem estratégica

permite que o regime expanda sua capacidade militar sem depender exclusivamente das grandes estatais do setor de defesa, que são alvos primários das sanções impostas por Washington. Ao transferir parte do desenvolvimento de tecnologias sensíveis para empresas privadas e universidades civis, o regime comunista consegue contornar restrições internacionais e acelerar o avanço da IA aplicada à guerra. Essa descentralização cria uma rede de inovação paralela, dificultando o monitoramento de transferências tecnológicas e a contenção da modernização das Forças Armadas chinesas pelos Estados Unidos. Especialistas citados pelo Wall Street Journal afirmam que essa estratégia demonstra o progresso da China na integração entre os setores civil e militar. Cole McFaul, analista do Centro de Segurança e Tecnologias Emergentes (CSET) da Universidade de Georgetown, afirmou que “a amplitude do que eles estão tentando fazer é surpreendente”. Alex Joske, pesquisador australiano, destacou que, “em campos como a inteligência artificial, o Exército (chinês) não está na vanguarda, mas tem conseguido reduzir as barreiras para que universidades civis contribuam diretamente para os projetos de defesa”. Durante o desfile militar em Pequim, no início de setembro, com a presença de Vladimir Putin e Kim Jong-un, o regime exibiu os resultados desse avanço em sua força militar, apresentando unidades de guerra da informação, drones de ataque, embarcações não tripuladas e cães-robôs, símbolos de uma nova geração de armas inteligentes sob comando do Partido Comunista Chinês (PCCh). O uso de instituições civis para fins militares confirma a ambição da ditadura comunista em transformar a China em uma potência tecnológica e bélica capaz de rivalizar com os Estados Unidos em todas as áreas, do espaço ao ciberespaço.

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