A facilidade de apostar hoje em dia é alarmante. Antigamente, o cidadão precisava se esforçar para perder dinheiro, buscando o jogo do bicho ou cassinos clandestinos. Agora, basta um aplicativo colorido para apostar, por exemplo, se o Palmeiras fará um escanteio aos 12 minutos, arriscando o dinheiro do botijão de gás. As "bets" se assemelham à Disney para adultos desavisados, com notificações chamativas, bônus que somem rapidamente e a ilusão de que a vida pode ser resolvida com um "bilhete certeiro", mas sem o castelo da Cinderela, apenas boletos acumulados. Tudo começa com a boa fé. O indivíduo baixa o aplicativo porque um amigo teve sucesso, e tenta a sorte. No início, podem vir pequenos ganhos, inflacionando o ego. O orçamento familiar e os planos de saúde são esquecidos em prol do dinheiro da aposentadoria, que agora está nas mãos do novo atacante do Flamengo. Logo vem o "red" e a promessa de recuperar o prejuízo, o que raramente acontece. O prejuízo se acumula, levando à busca por empréstimos. A principal dica para lucrar com apostas é ser dono da casa, que não age por caridade. Os algoritmos são criados para dar a sensação de quase vitória, prendendo o apostador ao vício, que acredita estar a um bilhete de mudar de vida, mas está a um clique de estourar o limite do cartão. Ninguém enriquece apostando em cassinos digitais, apenas quem os cria. Se o dinheiro está sumindo, é preciso buscar ajuda, pois há tratamento para ludopatia. Assistir
Brasil Perdeu a Aposta: Como as 'Bets' Estão Drenando o País e o Seu Bolso
Casas de apostas lucram enquanto o governo perde bilhões e famílias se afundam em dívidas. Entenda a crise e como a política favorece os mais ricos.

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