O transtorno do espectro autista (TEA) continua sendo um dos maiores desafios da medicina, com suas causas exatas ainda envoltas em mistério. A ausência de um consenso científico sobre o que desencadeia o autismo abre espaço para desinformação e teorias equivocadas, dificultando o desenvolvimento de tratamentos direcionados. A fala do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a relação entre o uso de paracetamol por gestantes e o autismo, por exemplo, gerou insegurança, mas foi desmentida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que afirmou não haver embasamento científico para tal afirmação. No Brasil, o Ministério da Saúde também se manifestou, classificando a divulgação de conteúdos com essa associação como irresponsável. Dados do Censo de 2022 do IBGE indicam que o país possui cerca de 2,4 milhões de pessoas diagnosticadas com autismo, enquanto a OMS estima uma prevalência global de um a cada 127 indivíduos.
Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com a Autistas Brasil revelou um aumento alarmante de mais de 15.000% no volume de informações falsas sobre o TEA na internet na América Latina e no Caribe entre 2019 e 2024, com o Brasil liderando em publicações e comentários conspiratórios. Foram identificadas 150 falsas causas, como alegações sobre consumo de salgadinhos e exposição à radiação 5G, e 150 falsas “curas”, como terapias com eletrochoque. O psicólogo Guilherme Bracarense Filgueiras ressalta
Autismo: A Busca Desesperada por Respostas e os Perigos da Desinformação
Entenda por que desvendar as causas do autismo é crucial e como a falta de informação pode prejudicar famílias e o desenvolvimento de tratamentos eficazes.
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