Os números pintam um cenário alarmante. Os custos globais do cibercrime estão projetados para explodir, saltando de 9,22 biliões de dólares em 2024 para impressionantes 13,82 biliões de dólares até 2028, de acordo com relatórios recentes da indústria. Para se ter uma ideia, esse valor equivale ao Produto Interno Bruto (PIB) combinado da China e da Alemanha, perdido para criminosos que agem por trás de telas de computador. Especialistas em segurança identificaram diversas ameaças cruciais que dominam o cenário em 2025, e compreendê-las é o primeiro passo para a proteção. Imagine acordar e descobrir que todos os arquivos da sua empresa estão bloqueados, com criminosos exigindo resgate para liberá-los. Essa é a realidade do ransomware, que evoluiu para uma indústria criminosa multimilionária. Os ataques aumentaram 81% entre 2023 e 2024, com as empresas enfrentando uma média de 24 dias de paralisação após um ataque. O custo de recuperação? Uma média de 3,58 milhões de dólares. Os criminosos de ransomware de hoje não se limitam a bloquear seus arquivos – eles primeiro roubam seus dados e ameaçam divulgá-los publicamente, criando um pesadelo duplo para as vítimas.
Uma verdade desconfortável: 68% de todas as violações de dados envolvem erro humano. Os cibercriminosos sabem que é frequentemente mais fácil enganar uma pessoa do que “hackear” um sistema de segurança sofisticado. Esses ataques de “engenharia social” assumem diversas formas:
e-mails de phishing que parecem ser do seu banco, chamadas telefônicas urgentes de falsos técnicos de suporte de TI ou mensagens de “colegas” pedindo para clicar em um link suspeito. A pandemia e o trabalho remoto apenas intensificaram essa ameaça, com 72% dos proprietários de empresas expressando preocupação com os riscos de segurança cibernética decorrentes de esquemas de trabalho híbrido e remoto.
A inteligência artificial está revolucionando a segurança cibernética, infelizmente, tanto para defensores quanto para atacantes. Enquanto a IA ajuda as empresas a detectar ameaças mais rapidamente, os cibercriminosos estão usando a mesma tecnologia para criar e-mails de phishing mais convincentes, gerar deepfakes e automatizar ataques em uma escala sem precedentes. Preocupantes 97% das empresas relatam problemas de segurança relacionados à IA generativa. Pode ter uma segurança excelente, mas e quanto aos fornecedores com quem trabalha? Em 2023, 29% das violações de dados ocorreram por meio de ataques a terceiros. Um exemplo notável: a violação massiva da AT&T, no início de 2024, expôs dados de mais de 70 milhões de clientes por meio de uma vulnerabilidade de terceiros.
Serviços financeiros: alvo prioritário. Se há um setor que mantém os especialistas em segurança cibernética acordados durante a noite, é o de serviços financeiros. Bancos, seguradoras e empresas de investimento são o terceiro setor mais visado em todo o mundo, representando 9% de todos os incidentes cibernéticos. Por quê? Siga o dinheiro. Os riscos são astronômicos. As empresas financeiras enfrentam custos médios de violação de 5,9 milhões de dólares – significativamente mais altos do que a maioria dos outros setores. Ainda mais alarmante: as perdas extremas de incidentes cibernéticos quadruplicaram desde 2017, atingindo 2,5 mil milhões de dólares. Esses não são apenas números abstratos; representam ameaças potenciais à própria estabilidade financeira.
As ameaças que as instituições financeiras enfrentam são particularmente sofisticadas. Atores de países como Coreia do Norte, Irã e Rússia visam ativamente os sistemas financeiros ocidentais, motivados por razões políticas, ideológicas e/ou ganho financeiro. O Fundo Monetário Internacional levantou preocupações de que incidentes cibernéticos graves poderiam minar a confiança no sistema financeiro global, potencialmente levando a vendas massivas no mercado ou até mesmo a corridas bancárias. As instituições financeiras enfrentam vulnerabilidades únicas. Trojans bancários e spyware podem assumir o controle de dispositivos e permitir transações fraudulentas. Ataques DDoS (Distributed Denial-of-Service) – onde hackers sobrecarregam sistemas com tráfego – tornaram-se uma arma de eleição, com o setor financeiro classificado entre os três setores mais visados globalmente. Os criminosos de ransomware evoluíram suas táticas com a “dupla extorsão”, primeiro roubando dados de clientes, depois criptografando sistemas e ameaçando divulgar informações confidenciais se o resgate não for pago. Talvez o mais preocupante seja a natureza interligada dos serviços financeiros. A violação de uma instituição pode se propagar por todo o sistema, especialmente quando fornecedores terceirizados são comprometidos. Com os bancos cada vez mais dependentes de serviços de nuvem e parcerias com fintechs, a superfície de ataque expandiu-se exponencialmente.
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com base em reportagem publicada em
Jornaleconomico
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