Vigilância em Saúde Ambiental: 25 Anos de Luta e Avanços no Brasil

O Ministério da Saúde celebra os 25 anos da Vigilância em Saúde Ambiental, destacando avanços e desafios na proteção da saúde e do meio ambiente.

A Vigilância em Saúde Ambiental (VSA), um pilar essencial da saúde pública, comemora seus 25 anos de existência no Brasil. Ao longo desse período, a VSA consolidou um conjunto de ações e serviços voltados para identificar e acompanhar as mudanças ambientais que impactam a saúde humana. Parte integrante do Ministério da Saúde (MS), a VSA atua na qualidade da água e do ar, além de monitorar populações expostas a substâncias químicas e poluentes atmosféricos. Com o objetivo de promover a colaboração e a integração entre os entes federativos, a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA/MS) promoveu, entre 7 e 9 de outubro, em Brasília (DF), o Seminário Nacional da Vigilância em Saúde Ambiental 2025. O evento reuniu gestores, pesquisadores e profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) para discutir os desafios, avanços e perspectivas da área. Organizado pela Coordenação-Geral de Vigilância em Saúde Ambiental (CGVAM/DVSAT/SVSA/MS), o seminário incluiu painéis temáticos, palestras e debates com especialistas de diversas instituições, além de homenagens e momentos de integração entre os participantes. O evento reforçou o compromisso do Ministério da Saúde com a qualificação das ações de vigilância ambiental, o intercâmbio de experiências e a valorização das práticas que contribuem para a promoção da saúde e a sustentabilidade ambiental em todo o território nacional. A cerimônia de abertura contou com a presença

de importantes figuras, como o secretário-adjunto da SVSA/MS, Fabiano Pimenta; a coordenadora-geral de vigilância em saúde ambiental, Eliane Ignotti; e representantes da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), do Conselho Nacional de Saúde, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Fabiano Pimenta ressaltou a importância de disseminar o conhecimento adquirido no seminário, destacando a trajetória da VSA na construção do SUS. Ele enfatizou a necessidade de priorizar essa área no Ministério da Saúde, abordando questões como acesso à água, mudanças climáticas e qualidade do ar. A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, Agnes Soares, apresentou um panorama da vigilância em saúde ambiental no Brasil, enfatizando seu papel estratégico diante dos desafios globais, como a tripla crise planetária que envolve mudanças climáticas, poluição e perda de biodiversidade. Guilherme Franco Netto, coordenador de Saúde e Ambiente da Fiocruz, destacou a ameaça aos aspectos econômico, ambiental e social, ressaltando a necessidade de rever os paradigmas da atuação da VSA. O médico, que foi o primeiro coordenador da CGVAM, foi homenageado por sua contribuição. Eliane Ignotti, coordenadora-geral de Vigilância em Saúde Ambiental, enfatizou o seminário como um momento de reconhecimento e fortalecimento coletivo, reunindo gestores, técnicos e pesquisadores de todo o país para reforçar o compromisso do Ministério da Saúde com uma vigilância ambiental integrada e participativa. Durante o evento, foi realizada uma homenagem à técnica Adriana Cabral, referência nacional na vigilância da qualidade da água. O presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Rômulo Paes, também participou das atividades. No segundo dia do evento, as discussões focaram na atuação dos Agentes de Combate às Endemias (ACE) e na Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Poluentes Atmosféricos (Vigiar). Foram apresentadas iniciativas sobre a integração das ações dos ACE e Agentes Comunitários de Saúde (ACS), além do histórico e das diretrizes da vigilância da qualidade do ar. O dia foi finalizado com uma reunião do Comitê Técnico Assessor e a entrega do Prêmio de Melhor Trabalho do curso de Análise da Situação de Saúde Ambiental (ASISA) – Poluição do Ar, realizado pelo Observatório de Clima e Saúde da Fiocruz. No encerramento do seminário, foram realizadas sessões dedicadas à Vigilância em Saúde das Populações Expostas a Contaminantes e Substâncias Químicas e à Vigilância em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos. Os debates abordaram temas como exposição química, áreas contaminadas e experiências estaduais na implementação de planos de ação em saúde ambiental.

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