A missão da União Europeia no Iémen emitiu um comunicado hoje, clamando pela libertação de todos os jornalistas que se encontram detidos pelos rebeldes huthis há vários meses. A Federação Internacional dos Jornalistas já havia denunciado, no final de outubro, o rapto de Majed Zayed, um repórter que colabora com veículos de comunicação independentes do Iémen, como o Nafzet Al Yemen, o Almawqea Post e o Mda Press. Zayed foi sequestrado quando saía de um centro médico em Saná, a capital do país. Além de Zayed, o escritor Oras Al Iryani também está desaparecido desde a última semana de setembro, após ter sido detido pelos huthis na capital. A organização Repórteres Sem Fronteiras também já havia alertado que, desde março, pelo menos sete jornalistas foram sequestrados pelos insurgentes, estando desaparecidos ou presos. A missão da União Europeia lamentou que "Os profissionais da comunicação social continuam a enfrentar graves riscos por exercerem o seu trabalho no Iémen", numa mensagem publicada na rede X, por ocasião do Dia pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas. A UE acrescentou que "Condenamos todas as violações contra jornalistas e exigimos a sua proteção permanente", antes de reiterar a exigência de libertação imediata de todos os repórteres detidos.