O presidente do Equador, Daniel Noboa, reportou ter sofrido uma tentativa de envenenamento, revelando que substâncias químicas nocivas foram encontradas em presentes recebidos durante uma reunião. A equipe de Noboa identificou os produtos tóxicos em itens como tamarindo, cacau e chocolate, entregues em um encontro com agricultores. O presidente afirmou que considera "impossível que tenha sido acidental". Este incidente ocorre em meio a um cenário político conturbado, com a recente decisão da Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE) de encerrar uma greve nacional que durou 31 dias. Os protestos foram motivados pela eliminação dos subsídios aos combustíveis e resultaram em confrontos com as forças de segurança. Marlon Vargas, presidente da CONAIE, criticou o governo, afirmando que a violação dos direitos humanos não limitou suas decisões. Além da tentativa de envenenamento, Noboa já havia sido alvo de um ataque a tiros em 7 de setembro, enquanto estava em seu veículo. O atentado ocorreu em meio a protestos na província de Cañar, onde o carro do presidente foi cercado por manifestantes. O governo relatou que Noboa saiu ileso. A Presidência da República do Equador acusou "desestabilizadores" de tentar impedir o governo de executar projetos de melhoria para a comunidade.