María Corina Machado, proeminente figura da oposição na Venezuela, foi anunciada como a vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2025. A decisão, divulgada pelo Comitê Norueguês do Nobel, em Oslo, reconhece seu trabalho em prol dos direitos democráticos e na busca por uma transição pacífica na Venezuela. O comitê destacou a atuação de Machado como um farol de esperança em meio à crise venezuelana. Impedida de concorrer à presidência nas eleições de 2024, Machado tem sido uma crítica ferrenha ao governo de Nicolás Maduro. As eleições, marcadas por alegações de falta de transparência, resultaram na reeleição contestada de Maduro. Desde então, Machado tem vivido em situação de clandestinidade. Sua trajetória inclui a fundação da Fundação Atenea, voltada para crianças em situação de rua, e da Súmate, organização que promove eleições livres. Em 2010, Machado foi eleita deputada, mas foi expulsa do cargo em 2014. Atualmente, lidera o partido Vente Venezuela e foi uma das fundadoras da aliança Soy Venezuela. Em 2023, teve sua candidatura presidencial barrada, apesar de ter vencido as primárias da oposição com ampla maioria. Em janeiro deste ano, Machado foi detida por algumas horas após um protesto, mas negou a prisão. A escolha do Nobel reforça sua importância no cenário político venezuelano e internacional.