O Metropolitano de Lisboa informou que a investigação conduzida por Bruxelas não visa o concurso público em si, mas sim uma das propostas apresentadas para a construção da Linha Violeta, que conectará Odivelas a Loures. A empresa esclareceu, através de um comunicado, que o processo licitatório lançado não está sendo questionado. A Comissão Europeia abriu uma investigação para apurar se a CRRC, empresa chinesa de material circulante que faz parte do consórcio da Mota-Engil, obteve alguma vantagem indevida no concurso. A investigação surgiu após uma notificação de um consórcio liderado pela Mota-Engil, que incluiu a Portugal CRRC Tangshan Rolling Stock Unipessoal, que participou do concurso lançado em abril de 2025. De acordo com a Comissão Europeia, existem indícios de que a Portugal CRRC Tangshan Rolling Stock Unipessoal pode ter se beneficiado de subsídios estrangeiros que distorceram o mercado interno, o que justifica a investigação. O objetivo é avaliar se esses subsídios concederam à empresa uma vantagem indevida no concurso. Dependendo das conclusões, a Comissão Europeia poderá impor medidas corretivas, proibir a adjudicação do contrato ou emitir uma decisão de não objeção. O Metropolitano de Lisboa garantiu que cooperará com a investigação e cumprirá a regulamentação, ressaltando que as etapas do processo de contratação pública podem prosseguir, exceto a adjudicação do contrato.