A sombra do passado ainda paira sobre o caso Elize Matsunaga, especialmente sobre o Mitsubishi Pajero TR4, veículo que desempenhou um papel crucial no chocante assassinato de Marcos Matsunaga em 2012. A perícia encontrou vestígios de sangue humano no porta-malas, evidenciando o transporte do corpo da vítima por mais de 200 km. O carro, que na época foi parado em uma blitz por licenciamento vencido, ironicamente, ainda enfrenta o mesmo problema. Após anos parado em uma cobertura na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo, o TR4 foi um dos bens que ficaram com Elize após seu acerto de contas com a Justiça. Em janeiro de 2023, o carro foi reformado e vendido por cerca de R$ 52 mil a uma empresa, com apenas 10 mil km rodados. A gerência do estabelecimento, surpreendida ao descobrir a origem do veículo, afirmou que não tinha conhecimento da ligação com o caso Matsunaga. A empresa, que adquiriu o carro pelo valor de mercado, considerou a baixa quilometragem como um bom negócio. Atualmente, quase três anos após a venda, o UOL Carros confirmou que o TR4 permanece com o mesmo dono, mas com a documentação irregular. A situação levanta uma questão importante: até que ponto conhecemos o histórico de um carro usado? No Brasil, é comum que veículos com histórico policial sejam revendidos sem que os novos proprietários saibam da origem.