Safra Recorde de Café no Brasil em 2026/27: O Que Você Precisa Saber!

Brasil projeta colheita histórica de café, impulsionada pelo arábica e recuperação do robusta. Entenda os desafios climáticos e a importância da safra para o mercado global.

A produção brasileira de café está projetada para atingir 70,7 milhões de sacas na safra de 2026/27, de acordo com a primeira estimativa da StoneX. Este volume representa um aumento de 13,5% em comparação com o ciclo anterior. O arábica lidera o crescimento, com uma previsão de 47,2 milhões de sacas, um aumento de 29,3%. Já o robusta (conilon) deve apresentar uma queda de 8,9%, totalizando 23,5 milhões de sacas. Apesar da recuperação projetada, o potencial total da safra dependerá das condições climáticas favoráveis. A StoneX ressalta que, entre 2021 e 2024, o mercado global enfrentou déficits consecutivos, resultando na redução dos estoques mundiais em mais de 22 milhões de sacas. Dessa forma, a safra de 2026/27 será crucial para recompor parte desse déficit e equilibrar a oferta global. O desempenho da nova safra refletirá o equilíbrio entre perdas regionais e ganhos em áreas recém-plantadas, além da recuperação observada em Rondônia. Apesar dos desafios climáticos e do envelhecimento dos cafezais, o Brasil deve manter um crescimento significativo, reforçando sua posição como o principal fornecedor mundial. As exportações de café brasileiro caíram 20% em outubro, e o governo planeja modernizar o seguro rural para ampliar a proteção aos produtores. A safra de 2025/26 foi marcada por um recorde no conilon, mas o clima limitou o arábica. O ciclo de 2025/26 foi afetado pela seca e pelo calor intenso, que impactaram principalmente o florescimento

do arábica. A produção dessa variedade diminuiu 18,4%, totalizando 36,5 milhões de sacas. Em contraste, o conilon registrou um recorde histórico de 25,8 milhões de sacas, um aumento de quase 22%. O volume total do ciclo foi de 62,3 milhões de sacas, uma queda de 5,4% em relação à temporada anterior. O início de 2025 apresentou melhores condições para o crescimento vegetativo, mas a irregularidade das chuvas no segundo semestre limitou o avanço em várias regiões. Áreas do Cerrado Mineiro enfrentaram maior deficiência hídrica, enquanto a Zona da Mata e o Sul do Espírito Santo sofreram impactos que reduziram a produtividade. No desempenho regional do conilon, o Norte do Espírito Santo registrou uma queda estimada de 15,1%, com 16,3 milhões de sacas, devido ao desgaste das lavouras e condições climáticas desfavoráveis. O Sul da Bahia teve uma redução de 18,8%, somando 2,6 milhões de sacas, após uma safra recorde e o desgaste das lavouras antigas. Rondônia se destacou positivamente, com um aumento de 32%, alcançando 3,3 milhões de sacas, impulsionado por lavouras renovadas e bom clima. No desempenho regional do arábica, Matas de Minas apresentou um crescimento de 36,9%, chegando a 8,9 milhões de sacas, com a renovação das lavouras e melhoria parcial no clima sustentando o avanço. O Sul do Espírito Santo teve uma recuperação de 16,7%, totalizando 3,5 milhões de sacas, apesar do vigor limitado e altos índices de poda. São Paulo teve um aumento expressivo de 75,6%, com 7,2 milhões de sacas, impulsionado por áreas renovadas e o retorno após uma safra zero. O Sul de Minas Gerais registrou um aumento de 21,1%, com 17,2 milhões de sacas, embora a irregularidade das chuvas tenha reduzido o pegamento das floradas. O Cerrado Mineiro teve uma produção prevista em 7,4 milhões de sacas, um aumento de 32,1%, mas abaixo do potencial devido à seca e ao calor intenso. A combinação de lavouras renovadas, bem distribuídas regionalmente, e a expectativa de melhora climática mantém o Brasil como referência mundial na produção de café, indicando um novo ciclo de recuperação para o setor.

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