O Fim da Sorte Australiana? Como a Indústria Local Pode Triunfar em 15 Anos

Uma contagem regressiva de 15 anos para a manufatura australiana. Descubra como empresas locais estão desafiando o mercado global e construindo um futuro próspero.

“Back Australia: Time running out for Australia to turn its luck into smarts” Josh Hacko, diretor técnico da NH Micro, fabricante de componentes plásticos especializados usados em máquinas de sequenciamento de DNA, descreve como um pequeno dispositivo, com cerca de oito milímetros cúbicos e que custa em torno de US$ 1.200, pode ser produzido em escala. A NH Micro, uma das histórias de sucesso da Austrália, demonstra as oportunidades na manufatura local, apesar dos desafios. Enquanto a Austrália tradicionalmente é vista como um país sortudo, essa sorte está se esgotando, e a transformação em um “país inteligente” é crucial para a preservação do estilo de vida australiano. A iniciativa “Back Australia” visa unir marcas e pessoas em prol de um futuro próspero, apoiando empresas locais e celebrando a engenhosidade australiana. A campanha também abordará questões cruciais que impactam as empresas australianas e as reformas necessárias para seu sucesso. Dr. Jens Goennemann, diretor administrativo do Advanced Manufacturing Growth Centre (AMGC), alerta sobre a urgência da situação, enfatizando que a Austrália precisa deixar de lado a complacência e se concentrar em alternativas, especialmente diante da possível diminuição da demanda por carvão e gás. Ele compara a Austrália a países como Japão, Áustria e Suécia, que, apesar dos altos custos, são capazes de produzir bens. A Austrália ocupa a 105ª posição em complexidade econômica

, e a transformação em um “país inteligente” é essencial para garantir o futuro. Dr. Goennemann estima um prazo de 15 anos para que a Austrália construa a capacidade necessária, o que exige a formação de uma força de trabalho qualificada. A AMGC aponta a falta de foco na comercialização e expansão de bens e serviços como um problema, resultando na perda de fabricantes promissores. A solução envolve o apoio a pequenas empresas e a criação de condições para que elas cresçam. A mudança de percepção sobre a manufatura, que vai além da produção e abrange pesquisa e desenvolvimento, design, logística, distribuição e serviços, é fundamental. As empresas australianas enfrentam desafios como altos custos, especialmente de energia, falta de políticas consistentes e burocracia. Martin Ripple, CEO do ANCA Group, destaca os impactos negativos de políticas baseadas em ideologias, como as relacionadas à energia. O preço da eletricidade aumentou significativamente desde 2000, e o preço do gás também subiu consideravelmente. Apesar dos desafios, muitas empresas australianas têm se adaptado e prosperado, focando na criação de produtos melhores. A NH Micro, que surgiu de uma fabricante de relógios, expandiu-se para o fornecimento de componentes de precisão para diversas indústrias, incluindo as de espaço, computação quântica e dispositivos médicos. A ANCA Group, fabricante de máquinas de retificação CNC, exporta 99% de seus produtos e é líder mundial no setor. A REDARC, sob a liderança de Anthony Kittel, transformou-se em uma líder global em sistemas eletrônicos avançados, com foco em pesquisa e desenvolvimento e na criação de produtos de alta qualidade. Anthony Kittel, da REDARC, aponta a burocracia como um dos maiores obstáculos para as empresas. Ripple estima que a burocracia adicional aumentou os custos do ANCA em 5-6% na última década. Kittel também defende melhores incentivos fiscais para pesquisa e desenvolvimento e um acordo comercial com Donald Trump para reduzir as tarifas. Este artigo faz parte da série Back Australia, com apoio de diversas empresas e organizações.

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